SIGNIFICADO COMPLETO SOBRE A PÁSCOA

Jesus Cristo, a Nossa Eterna Páscoa

Resumo Bíblico Completo Sobre o Significado da Páscoa

Para todos os amados:

Uma Páscoa muito feliz por meio Daquele que é a Nossa Eterna Páscoa, Jesus Cristo, Nosso Senhor!

Que esta leitura seja sempre uma recordação viva da Páscoa Maior e Universal, Jesus Cristo, Nosso Senhor, lembrando que Ele entregou a Sua Vida  por nós.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA  – A GRANDE PROMESSA DE DEUS

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus e a Palavra era o verdadeiro Deus.

E Ela estava com Deus e era Deus.

Deus, somente Ele é A Palavra.

Antes de começar a criar, Deus emitiu a Sua Palavra. Propagou-A nos céus!

Por meio da Sua Palavra, que é o Manual de vida e de conduta para todos os Seus filhos, Ele daria o livre-arbítrio para todos os Seus filhos que seriam criados.

Que Deus Maravilhoso!

Entregar todas as Suas Orientações por escrito para os Seus filhos amados para uma condução de vida perfeita, criativa e feliz.

Tanto para os Seus filhos nos céus quanto para os Seus filhos na terra.

Mas, além das Suas Leis Escritas, Ele projetou muito além. Ele também colocaria essas informações nas consciências de todas os Seus filhos.

E Deus então, pormeio do Seu Espírito, após apregoar a Sua Palavra por todo o firmamento, passou a criar o Seu primeiro filho. E, a partir desse primeiro filho formado e junto com ele, passou a criar miríades de miríades de outros filhos celestiais.

E  depois, junto com eles, passou a criar a terra.

Quando Deus fundou a terra e criou o homem, naquela maravilhosa manhã da criação quando tudo veio à luz, houve nos céus retumbantes aplausos e muitos louvores estrondosos foram dados ao Criador pelos Seus filhos celestiais, por Sua tão maravilhosa obra.

Os céus criados, a terra formada e Seus filhos humanos junto com todas as outras criaturas viventes passaram a refletir o Seu amor, a Sua glória, o Seu poder e a Sua bênção.

Os anjos, também chamados de estrelas de Deus, gritavam de júbilo quando surgiu diante dos seus olhos toda a magnífica criação de Deus, os céus, a terra, os mares, as fontes das águas e todos os seres viventes para habitá-los. (Jó 38: 7; Isaías 45: 18)

Porém, esta efusão de alegria e júbilo não durou muito tempo.

O primogênito celestial de Deus, um querubim ungido, criado para proteger os seres humanos, e que, junto com o Pai, havia participado de todas as demais criações de Deus, passou a desejar para si tudo aquilo que Deus criara. (Ezequiel 28: 11-17 e Isaías 14:12-14)

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – NECESSIDADE VITAL

Por ser o primeiro filho celestial criado diretamente por Deus, deixou-se desviar por sua inteligência, beleza e poder. Encheu-se de orgulho, e passou a fazer negociações nos céus. Tornou-se mercador de homens  e de bens materiais.

Questionou o direito de Deus de conduzir os seres viventes que  criara, assim como a maneira para o quê os idealizara.

Diante de todos os outros filhos de Deus, os seus irmãos celestiais, colocou a dúvida na mente deles, de que eles, sem a orientação de Deus, poderiam ser bem sucedidos em dirigir as suas próprias vidas e também as vidas das demais criações divinas inferiores a eles mesmos.

Não ouviu a Deus e repudiou a Sua Palavra. Menosprezou-A como algo de menor  valor.

E o desejo dele não parava por aí, ia além, pois o que almejava realmente era ser, não apenas igual ao Deus Altíssimo, mas, certamente, sobrepujar o Pai. E ele tornou-se então um diabo, que significa um enganador, um caluniador e também um satanás,  que significa um opositor de Deus.  

Como visto, Satanás passou a desejar os céus e a terra.

Sim, desde a criação da terra, ele passou a ambicioná-la para si. 

Não ambicionou apenas a terra física, as também os homens. Ele passou a desejar a adoração de toda a humanidade. 

Todavia, Satanás sabia que seria difícil persuadir Adão a cair em suas palavras insidiosas. E a partir de então, passou a arquitetar o seu plano maligno.

E logo  passou a dar forma ao seu projeto malévolo. E, assim sendo, Satanás materializou-se e seduziu a mulher. Sim, seduziu-a tal qual uma serpente. De forma traiçoeira, dissimulada, disfarçada, acobertada e sibilante.

Eva, era ainda uma menina, por isso foi ainda mais fácil para ele seduzi-la e ele teve relações com ela. Ele tinha a autoridade do ensino da Palavra de Deus (árvore na Bíblia  significa ou simboliza a autoridade de Deus para ensinar o que é bom e o que é mau). Outro anjo tinha a autoridade do ensino do manejo correto da terra física, o lar idealizado para os homens (árvore da vida).

Após seu ato vil Satanás induziu Eva a ir ter com Adão para conquistá-lo. Ele sabia do amor de Adão por Eva, sua irmã, sua futura esposa, E, por conseguinte,  Eva foi ao encontro de Adão, seduziu-o, e ele teve relações com ela.

Diante da tragédia que este anjo causou, o projeto criativo de Deus foi interrompido.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – INDISPENSÁVEL PARA A HUMANIDADE

Sim,  a partir deste ponto, todo o projeto de Deus teve que ser interrompido. Temporariamente interrompido.

Agora apartados de Deus, Adão e Eva gerariam filhos através do pecado, condenados à morte.

O ousado primogênito de Deus, por ser o primeiro filho, e por ter participado de todo o processo criativo, achou que teria direitos maiores e especiais sobre os céus, a terra e a humanidade.

E ele passou a exigir direitos por ter participado nas obras do Pai. Passou a reivindicar poderes maiores e uma herança por ter sido o primogênito celestial. Queria domínio sobre a terra e os homens. 

Deus sabe que ninguém pode ser bem sucedido à parte Dele.

Mas Satanás afirmou que poderia exercer bom domínio sobre a terra e os homens sem a orientação e a condução de Deus. E levantou essa questão nos céus diante de todos os anjos. E lançou a dúvida sobre a Soberania de Deus e o Seu direito de conduzir Sua criação.

E Deus olhou os Seus filhos celestiais e viu em muitos deles a dúvida estampada em suas  faces.

E ninguém pode conviver com a dúvida!

E então, Deus deu a  Satanás o tempo necessário  para ele provar o que argumentava, e lhe entregou  a terra e o governo sobre ela.

E assim, toda a humanidade passou a estar sob o domínio de Satanás.

O primogênito natural de Deus, agora Satanás, começou a negociar os direitos sobre a terra, dividindo-a com os outros anjos que o apoiaram e que agora se encontravam  na mesma condição decaída dele, todos eles apartados da luz do Pai, senhores de seus próprios caminhos. Cada um exigindo o seu quinhão, a sua parte por terem apoiado Satanás na rebelião contra o Pai.

E eles passaram a andar pela terra para observar os homens, e todo o tempo  passaram a trabalhar  para que os homens sucumbissem e também questionassem a soberania de Deus em conduzir suas vidas.

Induzido pelo primeiro filho de Deus e que tornou-se também o adversário de Deus, Adão quis ser dono de seu próprio entendimento.

Adão ficou deslumbrado pela companheira que Deus lhe dera.

E Satanás, conhecedor dos planos de Deus para a terra, toda ela repleta de seres humanos perfeitos e felizes,  percebeu que seria fácil convencer Adão por meio de sua mulher, Eva, a também acompanhá-lo na rebelião contra o Pai. 

E assim se deu. Eva ouviu a Satanás e desejou aquilo que ainda não estava preparada para ter e para ser, e agindo compulsivamente decidiu antecipar-se aos ensinamentos completos da Palavra de Deus sobre a vida, a maior dádiva do Pai Celestial.

Ela foi enganada e sucumbiu à Satanás. E a partir de então, facilmente desencaminhou o seu marido.

Prontamente convenceu a Adão. E ele a ouviu, e também decidiu desobedecer a Deus.

Não quiseram esperar o tempo necessário do conhecimento e aprendizado completo de Deus para a condução de suas vidas e a dos seus filhos.

Escolheram fazer o que quisessem de suas vidas sem observar as orientações de Deus. (Gênesis 03: 05 e 06; Jó 01: 07 e 02: 02).

No momento em que o homem caiu na armadilha do diabo, apartando-se de Deus, rejeitando o Seu ensinamento, preferindo seguir o seu próprio entendimento e a sua própria inteligência, desprezando a orientação e a sabedoria de Deus, toda a descendência humana passou a ser herdeira do erro cometido no coração, ou melhor, na consciência do seu primeiro pai humano.

A escolha de Adão em seguir os seus próprios passos, sendo ele mesmo o seu próprio deus, causou uma deformidade no DNA da sua consciência, sede do seu espírito, degeneração esta que se estendeu posteriormente a todos os outros humanos, seus descendentes.

Sim, porque Deus deu ao homem inteligência e consciência.

Porém, a consciência é superior à inteligência. Pois a consciência é a sede do espírito onde estão abrigadas as qualidades de Deus, sendo que ela foi designada por Deus como o juiz pessoal do homem para o exercício correto e perfeito do livre-arbítrio.

A consciência foi dada como reguladora da inteligência.

Ela deve conduzir a inteligência, pois tudo o que fazemos, e as decisões que tomamos certamente irão refletir-se, não apenas sobre a nossa própria vida, mas principalmente sobre a vida do nosso próximo.

Mas o homem escolheu seguir seus próprios passos, sem o perfeito desenvolvimento de uma consciência aperfeiçoada e aprimorada por Deus, tornando-se uma obra espiritualmente inacabada e imperfeita, e o preço pago pelo seu erro (pecado) foi a morte, e assim a morte se estendeu a todos os homens filhos de Adão. (Gênesis 03: 17 – 19; Romanos 05: 12; Romanos 06: 23a e Salmos 51: 03 e 05).

Ressaltamos neste ponto, que a inteligência e a consciência se desenvolvem no decorrer da vida, à medida que se obtém conhecimento e aprendizado.

Apartados de Deus, estes conhecimento e aprendizado vitais que eram ministrados gradativamente por Deus foram cortados. ( acesso à árvore da vida, à Palavra ministrada pelo anjo fiel)

E, assim como Satanás, os homens passaram a ser instrutores de si mesmos, com o conhecimento e aprendizado apresentados e expostos agora por Satanás.

Porém, naquele mesmo instante em que o homem tropeçou, Deus, na Sua misericórdia infinita, faz a Promessa de enviar um Descendente Seu, nascido de uma mulher, um primogênito humano, para resgatar da morte a humanidade condenada.

Sim, todos os homens que quisessem ouvir a Sua Voz, por meio de Seu Descendente Humano Escolhido, poderiam obter novamente a vida eterna. (Gênesis 03: 15)

Quando Deus fez a Promessa de enviar o Seu Descendente para resgatar a vida eterna que fora perdida por Adão para a sua descendência, já era de se esperar que todo o homem que se posicionasse à favor de Deus seria perseguido por Satanás, o anjo opositor.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – UM HOMEM PERFEITO COMO RESGATE

Portanto, a partir daquele momento, de toda a descendência de Adão, o homem que demonstrasse fidelidade a Deus poderia ser o escolhido para gerar a Semente do Descendente.

E então Satanás e suas hostes puseram-se em ação imediata, em constante atenção, observando já os primeiros filhos de Adão.

Caim, filho primogênito de Adão, foi o seu primeiro alvo. Ele pensou que por ser Caim o primogênito, Deus traria por meio dele a Sua Semente.

Caim foi contaminado e dominado por Satanás, que o enciumou a tal ponto com relação ao seu irmão Abel, que ele, cego de inveja o atacou e o matou, pois Abel, pela sua fé, achou o favor de Deus, pois buscou de coração e em verdade a Sua orientação e a Sua justiça.(Gênesis 04: 01- 10 e Hebreus 11: 04)

Portanto, por Abel ter por ter sido aceitável a Deus em virtude dos  seus frutos espirituais, seria por meio dele que a Semente viria. 

E por este motivo Abel foi morto pelo seu irmão Caim.

E é neste momento que Deus revela o que se passou nos céus:

Aqui, no Seu Amor, Deus expõe a Sua primeira representação celestial.

Eis a primeira configuração do que aconteceu nos céus:

O Seu primogênito, aquele a quem Ele ensinou pessoalmente com tanto amor a Sua Palavra, e que estivera junto a Ele em todo o processo da criação, por inveja, tornou-se um enganador, um dissimulado, um egoísta!

E Deus ensina claramente desde o começo da história da humanidade, que a obediência e o amor à Sua Palavra valem mais do que qualquer outra coisa.

Desde o início Ele  expõe que a primogenitura natural não tem nenhum valor para Ele, pois Ele pode fazer Seu Primogênito aquele a quem Ele quiser.

E que para Ele Primogênito é aquele que Ouve a Sua Palavra, a Sua Voz,  e A cumpre.

O primogênito da criação de Deus desencaminhou-se, mesmo após o alerta do Pai sobre o pecado que se instalara em seu coração e que se desenvolvia celeremente. Sim,  porque o pecado não debelado  alastra-se velozmente.

Apesar de ter sido o primeiro da criação de Deus e ter recebido diretamente de Deus o conhecimento da Palavra, seus frutos espirituais não estavam compatíveis com Ela.

Com Caim, primogênito de Adão, deu-se o mesmo. Porém, seu irmão Abel, apesar de não ter sido o primogênito, ofereceu a Deus os frutos espirituais da primogenitura que são: o amor a Deus e a obediência à Sua Palavra .

Mesmo diante dos fatos terríveis ocorridos nos céus e na terra, o amor de Deus pela humanidade não mudou, pois os episódios seguintes comprovam isso.

Portanto, é certo que, desde sempre, nada impediria o plano de Deus de resgatar a humanidade do pecado e da morte. (Jó 42: 02 e Isaías 55: 11)

Sendo assim, Deus traz à luz mais um filho a Adão chamado Sete, e que, após algumas gerações, de sua linhagem surge Noé.

Nos dias de Noé a maldade sobre a face da terra propagou-se de forma terrível!

Os anjos apartados de Deus, um terço deles, agora demônios,  uma parte deles materializou-se, e  fizeram para si corpos carnais maiores e mais potentes do que os homens comuns. 

E assim como o líder e pai deles, vieram  ter relações com as mulheres e geraram filhos anômalos, gigantes, maus, violentos e assassinos.

Não só estes, mas também todos os filhos dos homens comuns daqueles dias, contagiados pela maldade dos anjos decaídos, tornaram-se extremamente agressivos e impiedosos. E a face da terra ficou coberta de toda sorte de perversidade, desordem e selvageria.

E por um instante, Deus lamentou e deplorou ter criado os seres humanos.

“Eles sempre pensam em coisas erradas e só fazem coisas muito más todo o tempo”, sem se arrepender e sem retroceder, e Ele teria então de exterminar todo esse povo pervertido e cruel da face da terra.

Mas Noé achou favor aos olhos de Deus, pois andava com Deus e fazia a Sua vontade. (Gênesis 06: 05 – 09)

E Deus avisou a Noé que mandaria um dilúvio para destruir todo aquele povo desobediente e mau. Ele olhou para o mundo e ele estava coberto de pecado e de pessoas violentas.

E Deus mandou que Noé construísse uma arca para que ele e sua família fossem salvos.

Não apenas eles, mas também  casais de animais conforme sua orientação.

Deus mandou ainda que ele advertisse o povo sobre o que Ele iria causar.

Noé pregou por cento e vinte anos, avisando a todo o povo que Deus mandaria um dilúvio, e que se eles não retrocedessem dos seus atos maus, seriam destruídos por meio das águas.

Eles debochavam de Noé e o menosprezavam.

E veio o dilúvio!

Naqueles dias Deus executou todos os seres humanos da face da terra.

E todas as demais espécies de vida.

Todos os mananciais de águas da terra e dos céus foram abertos.

Todas as fontes de águas da terra, os oceanos e os mares, ocupavam um só espaço.

O lugar onde estavam retidas todas essas águas era chamado de Grande Mar de Águas Profundas.

Também nunca havia chovido sobre a face da terra. Um orvalho umedecia o solo.

E então, todas as comportas das águas retidas foram liberadas, tanto as águas na terra – fontes do grande mar, quanto as águas suspensas nos céus por cima da expansão.

E as águas subiram até os cumes mais altos de todos os montes, e continuaram a subir até sete metros acima do cume mais alto.

E todos os seres viventes foram destruídos pelas águas e nenhuma criatura sobre a terra sobreviveu.

Mas Noé e sua família foram salvos.

Também as espécies de animais para procriação conforme a orientação dada por Deus a Noé. (Gênesis 08: 21 e 22)

Após o tempo devido de Deus, Ele lembrou-se de Noé e sua família.

E o Espírito de Deus assoprou sobre a terra e as águas baixaram e ocuparam seus espaços.

E Deus fez surgir terra seca nos próprios lugares determinados por Ele.

E novamente, por meio de Noé, por causa da sua fé e do seu temor a Deus, a raça humana se multiplicou.

Certamente nas gerações posteriores a Noé, todos aqueles que queriam fazer a vontade de Deus foram duramente perseguidos, pois de qualquer um desses homens fiéis Deus poderia suscitar a Sua Semente, o Seu Primogênito humano por escolha, e Satanás tentaria destruí-La sem nenhum pesar.

Satanás já tinha recebido o domínio sobre a terra como pleiteara e pretendera, e o resultado já era evidente.

Ela já estava sendo dividida por ele com os outros anjos decaídos, que também queriam a sua parte por tê-lo apoiado.

Ele gerou nos céus a questão sobre os seus direitos, argumentando que ele e seus seguidores seriam capazes de governar com sucesso, não apenas a si mesmos, mas também a terra sem a orientação de Deus.

Pleiteou para si e para seus seguidores, tanto os dos céus como os da terra, uma liberdade plena, total e sem restrições.

Satanás, tornou-se leviano, fútil e superficial, e não considerou que a liberdade exige de forma essencial e imperiosa responsabilidade.

A liberdade abrange, contém  e é sustentada por muitas e várias formas de responsabilidade, e  que são essenciais para a condução  e preservação da vida.

A palavra liberdade contém em si mesma a palavra responsabilidade. A palavra responsabilidade está completamente inserida na palavra liberdade. Não há como separar! Impossível separar essas duas palavras. Quando são separadas conduzem fatidicamente à morte.

Mas, com certeza, as contendas  e as discussões já estavam disseminadas entre eles, pois, decaídos da glória de Deus, a ganância, o poder, o orgulho e a vaidade já exerciam pleno domínio  sobre todos eles.

E Satanás e seus adeptos tinham agora todo o domínio sobre a terra.

E, sendo assim, tudo na terra estava debaixo dos olhos deles, e ele, Satanás,  por inveja, ciúmes e despeito, perseguia sem piedade a todos os que queriam fazer a vontade de Deus, pois o Filho humano escolhido  por Ele receberia o que ele considerava seu por direito.

Algum tempo depois do dilúvio, nasce um homem chamado Abraão. Era um homem de fé incomparável,  homem justo, corajoso e bom.

Deus promete a Abraão, a quem  chamou de Meu amigo, a bênção de Seu Descendente.

Por meio da descendência de Abraão, no tempo próprio de Deus e por meio de Sua escolha, Ele abençoaria toda a humanidade, todos aqueles que ouvissem a Sua Voz. (Gênesis 22: 15 – 18).

Porém, Sara, a mulher de Abraão, não conseguia gerar filhos para ele. E Abraão e Sara ficaram muito idosos. Então a fé deles na promessa também enfraqueceu.

Assim sendo, para que viesse o Descendente Prometido, Sara dá uma de suas servas a Abraão para que ela gerasse o Descendente prometido de Deus. Da escrava de Sara nasceu Ismael.

Mas o Anjo de Deus os avisou de que não seria daquela forma improvisada e por meio de uma escrava que se daria a vinda do Descendente de Deus.

Mais uma vez, Deus mostra que não reconhece a primogenitura natural, mas que a mesma sempre ocorreria por meio da Sua escolha.

Sara ficaria grávida, mesmo muito idosa!

E assim aconteceu. Sara engravidou aos noventa anos de idade e Deus lhe deu um filho ao qual foi dado o nome de Isaque.

Por meio de Isaque e de sua descendência todas as nações da terra seriam abençoadas.

SIGNIFICADO DO PÁSCOA – A PROMESSA   DE DEUS EM VIGOR

Abraão, Sara e Isaque

Que alegria!

Deus cumpre a Sua Promessa!

E ELE foi  apontando, por meio da descendência de Abraão, as pessoas escolhidas por Ele e por meio de quem viria Seu Descendente:

Abraão gerou Isaque;

Isaque, por meio de Rebeca, gerou gêmeos. (Gênesis 25: 19 – 26)

Ao primogênito deu o nome de Esaú, e ao segundo o nome de Jacó.

Esaú não tinha apreço pela Palavra de Deus. Não O amava.

Mesmo conhecendo as Promessa de Deus de abençoar o mundo inteiro por meio de sua descendência, Esaú achou de pouco valor os planos de Deus.

E, um dia, por estar com fome, por um simples prato de cozido de lentilhas, Esaú vendeu a sua primogenitura para o seu irmão, que amava profundamente a Deus, a Sua Palavra e a Sua Promessa.

Mais uma vez, a primogenitura natural é repudiada por Deus, pois dela não resultou os frutos espirituais.

Esaú não dava nenhum valor às bênçãos prometidas por Deus.

Rebeca e Jacó, tementes e fiéis a Deus, sabiam disso, e então, Deus deu a eles a coragem necessária para agir mesmo diante do risco de morte!

Da mesma forma, Satanás, considerando de pouco valor a herança de Deus, vendeu a Sua primogenitura nos céus para Jesus. Ele a vendeu por algo insignificante.

Que dádiva pertencer a Deus a escolha!

E com a escolha de Deus não há erro! Ele, só Ele sabe o que é certo e bom, e por isso escolhe sempre o melhor, aqueles que O amam e fazem a Sua vontade!

Esaú menosprezava a Palavra. Jacó A amava.

A Promessa de remissão do pecado e da morte para a sua descendência não  era do interesse de Esaú.

Mas Jacó A almejava e ansiava acima de tudo! Até da própria vida!

Por isso não temeu agarrá-la.

Mais tarde, Esaú quis voltar atrás.

Diante da fúria de Esaú quando percebeu que não podia mais receber a bênção da primogenitura,  Jacó fugiu e foi morar com seu tio Labão.

Casou-se com duas filhas de Labão, Léa e Raquel, depois de ter sido enganado pelo seu tio e sogro.

Deus deu a Jacó doze filhos.

Com Léa, Jacó teve seis filhos: Rubem, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom. Com a escrava de Léa, Zilpa, mais  dois filhos: Gade e Aser.

Com Raquel, Jacó teve dois filhos: José e Benjamim. Com a escrava de Raquel, Bila, mais dois filhos: Dã e Naftali.

Nesse tempo Deus pactua com Jacó e passa a chamá-lo pelo nome de Israel. (Gênesis 35: 09-12)

Israel amava especialmente à Raquel, e assim, devotava mais tempo à ela e também aos dois filhos dela, José e Benjamim.

José era o primogênito da mulher amada de Israel, Raquel, e ele tinha especial amor por ele, pois acreditava que o Descendente viria por seu intermédio.

Esse amor especial de Jacó por José causou fortes ciúmes nos demais irmãos.

E ainda mais porque José falava sobre seus sonhos, que refletiam que seus irmãos ficariam debaixo de sua autoridade.

Por isso, resolveram matá-lo, mas, para ficarem livres do seu sangue, seus irmãos decidiram vendê-lo para uma caravana ismaelita que passava próxima a eles em algum lugar bem distante da casa de Jacó.

E assim, José é levado como escravo para o Egito.

No Egito, José, pelo seu temor a Deus e pela boa instrução dada pelo seu pai Jacó, depois de muitas e terríveis provações, alcança o posto de segunda autoridade depois de faraó. (Gênesis 41:14-16)

José recebeu este alto cargo no Egito, quando, por inspiração divina, Deus lhe revela o sonho de faraó sobre as vacas gordas e as vacas magras.

E confirmando o sonho de faraó, neste período ocorre uma grande safra por período de sete anos e uma posterior grande seca por um período também de sete anos.

José, agora a segunda autoridade do Egito depois de faraó, armazenou alimentos dos tempos de fartura para o consumo no posterior período de carência.

Essa seca gerou uma fome sem precedentes em todo o oriente, exatamente conforme a interpretação do sonho de faraó feita por José.

Somente no Egito havia alimento armazenado, e toda a região circunvizinha ia até lá para comprar alimentos.

E os filhos de Israel, por causa da seca, também saíram de sua terra para comprar alimentos no Egito.

E nesta ocasião, no Egito, deu-se o reencontro de todos os filhos de Israel.

José perdoou seus irmãos e trouxe toda a sua família para residir no Egito.

No leito de morte, Israel, movido pelo Espírito Santo de Deus deu a cada filho uma bênção.

E por escolha divina, a bênção da vinda do Descendente de Deus seria através dos filhos de Judá.

O primogênito de Léa era Rubem. O de Léa era José.

A bênção de Deus, por meio de Israel, não recaiu sobre nenhum dos dois primogênitos naturais, mas sobre Judá. 

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – A DEUS PERTENCE A ESCOLHA

Por tudo visto até o presente momento da história humana, fica definitivamente estabelecido que a Deus pertencem todas as escolhas.

Mais uma vez destaca-se na história bíblica uma representação da questão da primogenitura natural a qual Satanás sempre reivindicou.

Sim, e  mais uma vez Deus mostra que rejeitou a Seu primogênito inato, e que a primogenitura não tem nenhum valor para Ele se a mesma não gerar os frutos próprios do Seu Espírito.

Apesar de José ter sido um servo de Deus, ter escutado a Sua voz e ter recebido muitas revelações divinas, Deus mostrou muito mais a todos os seus filhos: mostrou e afirmou que a escolha Lhe pertence.

Essa informação errônea sobre a primogenitura tem sido  passada por Satanás para todos os homens desde o princípio da criação do homem.

Mas, por Satanás não ter obedecido a Palavra de Deus, foi rejeitado  por Ele e perdeu o seu direito de primogênito.

Comprova-se mais uma vez, pela Palavra, a rejeição de Deus pelo Seu primogênito celestial, e que Deus faz de Seu primogênito a quem Ele quiser. (Gênesis 49: 8 – 100)

Esclarece-se também que todas as doutrinas que envolvem adoração, preferência, distinção, idolatria, sacrifícios e ofertas de primogenitura são ensinos de Satanás.

Voltando à história, algum tempo depois morre José e também os seus irmãos; e morrem também os daquela e de outras gerações posteriores.

Os israelitas tiveram muitos filhos e tornaram-se numerosos.

Os egípcios observaram que eles cresciam em número e em riquezas.

E um faraó de sucessão posterior, movido por Satanás, decide tomar os bens dos israelitas e os submete à uma escravidão e a um tratamento muito cruel em todos os aspectos.

Ainda assim, o número de israelitas continuou a aumentar.

O faraó decretou então a morte de todos os filhos homens que nascessem dos israelitas.

Satanás conhecia a profecia  sobre o nascimento do libertador do povo de Israel para aquele tempo,  e inspirou faraó a achar um modo de eliminar toda e qualquer possibilidade do nascimento desse libertador.

Faraó mandou que fossem afogados no Nilo todos os meninos nascidos em Israel.

As meninas, contudo, deveriam ser poupadas.

Nessa época, o povo de Israel já residia no Egito por cerca de 350 anos.

A profecia bíblica dizia que o período do povo de Israel no Egito seria de 430 anos.

Naqueles dias fortes gritos de clamor e de dor foram ouvidos nas casas dos filhos de Israel.

Foram dias terríveis!

Mas, mesmo com todo aquele sofrimento, o povo de Israel aguardava ansiosamente o cumprimento das promessas de Deus. Aguardava o libertador prometido. Eles acreditavam e confiavam nas profecias.

De acordo com as promessas, daí a oitenta anos, eles sairiam livres do Egito.

E o povo israelita tinha no coração essa promessa de Deus como o único bálsamo em suas vidas.

Durante este período de assassinatos de crianças, um casal escondeu o seu filho de rara beleza até os três meses sem que ninguém percebesse. (algumas traduções versam “divinamente belo”)

Mas, a partir de então não puderam mais escondê-lo e então o colocaram em um cesto betumado e o lançaram no rio Nilo acompanhado por sua irmã mais velha que o conduziu através das águas até o local onde a filha do rei do Egito se banhava.

E a filha de faraó ao ver um menino tão lindo o adotou como seu e lhe deu o nome de Moisés (que significa tirado do rio).

Todavia, a princesa permitiu que a própria mãe do menino o amamentasse e o criasse até certa idade.

Sua verdadeira mãe lhe ensinou tudo sobre o verdadeiro Deus, sobre a Sua promessa a respeito do Descendente, e lhe falou também sobre o grande sofrimento do seu povo e sobre a libertação prometida por Deus para eles naqueles próximos dias, por meio de um libertador que os tiraria do jugo egípcio. A família de Moisés incutiu nele forte fé.

Algum tempo mais tarde, em determinada ocasião, Moisés já homem feito, com cerca de quarenta anos de idade, foi visitar sua família hebreia e viu o grande sofrimento a que eram submetidos os filhos de Israel. E viu um egípcio batendo em um israelita, e por não haver ninguém por perto, matou o egípcio.

No dia seguinte, voltando ao local, viu um israelita maltratando outro israelita, e lhe perguntou por que maltratava o seu irmão, sendo que eram do mesmo povo, do mesmo sangue e passavam pelas mesmas dificuldades. O israelita agressor perguntou então a Moisés se ele também pretendia matá-lo assim como fizera com o egípcio.

Ao ver que fora descoberto, Moisés, com medo, foge e vai para a terra de Midiã.

Ali ele se casa, fica morando e trabalhando como pastor de ovelhas para seu sogro por cerca de quarenta anos. (Êxodo 02)

Porém, com o passar dos anos, o sofrimento imposto pelos egípcios ao povo de Israel foi aumentando progressivamente e o clamor do povo de Israel chega aos céus.

E então Deus chama Moisés e o envia ao Egito, a faraó, como Seu profeta.

E Moisés, relutante, pergunta-lhe em nome de quem ele se apresentaria ao seu povo e a faraó.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – ADORAÇÃO EXCLUSIVA  SOMENTE A JEOVÁ DEUS

E é neste momento que Deus revela Seu Nome a Moisés. E é neste momento que Deus demonstra que Seu Nome deve ser conhecido por toda a terra.

Neste tempo declara abertamente e dá a conhecer o Seu Grandioso Nome, JEOVÁ.

JEOVÁ significa: EU SOU DEUS; EU SOU o Único Deus Verdadeiro; EU SOU QUEM SOU, EU SOU Aquele que faz tudo acontecer; EU SOU o DEUS TODO-PODEROSO; EU SOU O DEUS VIVENTE – O Criador de Todas as Coisas, Aquele que Origina e Mantém a Vida de Todos os Seres Viventes. (Êxodo 03; Salmos 83: 18)

Que momento maravilhoso!

DEUS NOS REVELA SEU GRANDIOSO NOME!

ESTE É O NOME DO ÚNICO DEUS VERDADEIRO:

Tetragrama em hebraico do Nome de Deus: JEOVÁ.

E então Moisés retorna ao Egito e vai a faraó.

Moisés pede a faraó que deixe os israelitas irem por cerca de três dias ao deserto para oferecerem sacrifícios a Jeová Deus ao pé do monte Sinai.

O faraó lhe pergunta insolentemente: Quem é Jeová, para que eu deixe o povo israelita parar de trabalhar para Lhe oferecer sacrifícios?

Sim, neste momento, mais uma vez, a Soberania do Altíssimo, Jeová Deus, o único Deus verdadeiro, foi desafiada.

E não bastasse a escravidão imposta até então aos israelitas, faraó decide aumentar em muito o trabalho deles. E eles foram espancados e forçados a trabalhar muito além do limite de suas forças.

E o povo de Israel passou a clamar em desespero e também passou a questionar a autoridade de Moisés, pois o sofrimento deles aumentou em muito, e ele, Moisés, foi menosprezado por faraó.

E foi a partir de então, que Jeová Deus determinou que seu povo sairia do Egito. Não mais a pedido, mas Ele obrigaria faraó a expulsar Seu povo daquele país. Usaria a partir de então o Seu Braço Poderoso e o libertaria, pois não havia se esquecido da Sua promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó.

E então, pelo Seu Poder, por nove vezes, Jeová Deus faz acontecer coisas extraordinárias na terra do Egito. Nove pragas acometeram o Egito. Todas elas sobre os deuses falsos egípcios:

A praga do rio Nilo, a praga das rãs , a praga dos borrachudos.

Ao ocorrer esta terceira praga, os próprios sacerdotes egípcios tiveram que admitir: “É o dedo de Deus ou “Foi Deus quem fez”.

Seguiram-se mais seis pragas: a dos moscões, a da pestilência no gado, a dos furúnculos, a da saraivada, a dos gafanhotos e a da escuridão.

Mas o coração do faraó ficou cada vez mais duro e ele sempre voltava atrás na decisão de libertar os filhos de Israel.

Jeová Deus sabia que isso iria acontecer e permitiu que acontecesse. Pois faraó estava totalmente dominado por Satanás e fazia a sua vontade.

Sim, tudo no Egito envolvia o desafio de Satanás à  Soberania de Deus. Envolvia o Grandioso Nome de Deus, JEOVÁ. Envolvia a Adoração Exclusiva que Lhe é devida. Envolvia a libertação do Seu povo escolhido, todos os que O adoravam e O amavam e somente Nele confiavam e esperavam.

E estava envolvido muito mais, envolvia o Seu primogênito natural, que através de faraó O desafiava.

Portanto, tudo envolvia céus e terra! Não há como apartar as causas, e todo o processo.

E então, após essas nove pragas, Jeová Deus atesta que viria a décima e última praga sobre o Egito. E, sim, após esta décima praga o Seu povo seria definitivamente liberto da escravidão no Egito.

Essa praga viria sobre todos os primogênitos egípcios, tanto dos homens quanto dos animais, pois todos eles eram considerados sagrados no Egito. Os egípcios veneravam não apenas a primogenitura humana, mas também a primogenitura de vários animais.

Os filhos primogênitos dos faraós eram considerados os deuses todo-poderosos do Egito.

Todos os primogênitos egípcios morreriam, mas nenhum israelita sofreria qualquer dano; sequer seria ouvido o latido de um cão israelita para alguém.

Todos os deuses do Egito seriam nesta noite humilhados, abalados e definitivamente castigados.

Sim, nesta noite, JEOVÁ DEUS, O ÚNICO DEUS VERDADEIRO, castigaria o Seu primogênito natural e lhe mostraria a força de Sua Mão! Todos os deuses de Satanás seriam castigados junto com ele.

Todos ficariam sabendo, a partir daquele momento, e para sempre, que Jeová Deus faz diferença entre o egípcio e o israelita. Sim, Ele faz diferença entre a adoração verdadeira e a adoração falsa, entre o puro e o impuro, entre o bom e o mau, entre os que O servem e os que Lhe desobedecem. (Êxodo 11: 03- 07; Êxodo 12- 12; Malaquias 03: 17 e 18; Mateus 13: 41 – 43)

Entenda-se claramente aqui a representação daqueles dias:

Não é uma questão de raça, de língua, de povo, de tribo ou de sexo.

Mas, a base dessa questão, e que é a maior questão que envolve tudo nos céus e na terra, é a vindicação da adoração verdadeira e única que é devida a Jeová Deus, o Dono da vida, Criador dos céus e da terra.

Ele, somente Ele é a Palavra. Exclusivamente Ele pode estabelecer o que é bom e o que é mau para os seus filhos.

E naqueles dias, Jeová Deus avisou ao seu povo sobre o que iria ocorrer.

E mandou que o Seu povo Lhe preparasse um serviço e juntasse rapidamente seus pertences para sair do Egito.

No dia catorze do mês de nisã eles deveriam preparar uma Páscoa para Jeová Deus.

Páscoa significa passar por cima, passar pelo alto, saltar.

O Anjo de Jeová Deus investiria sobre todas as casas do Egito trazendo a morte sobre todos os primogênitos tanto dos homens quanto dos animais, a começar pelo palácio de faraó, mas passaria pelo alto, saltaria as casas dos israelitas.

Os israelitas deveriam preparar esse serviço para Jeová Deus conforme Sua orientação:

Sacrificar um cordeiro de um ano de idade, perfeito, sem defeitos para cada casa de Israel.

O sangue do cordeiro deveria ser aspergido nos batentes das portas das casas dos israelitas.

Este cordeiro deveria ser assado inteiro sem ter nenhum osso quebrado e ele deveria ser servido com pães não fermentados e ervas amargas.

A partir daquele ano, este serviço deveria ser realizado todos os anos como uma recordação eterna da grande libertação de Jeová Deus de todo o povo de Israel da escravidão no Egito, quando o Seu Anjo passou pelo alto as casas dos filhos de Israel.

É o sacrifício da Páscoa a Jeová Deus.

A partir daquele dia, todos os primogênitos de Israel pertenciam a ELE, pois o Seu Primogênito Escolhido abriria a madre de uma filha de Israel.

Sim, um Primogênito humano, nascido de uma mulher escolhida por Ele dentre os filhos de Israel.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – SUA REPRESENTAÇÃO

E O QUE REPRESENTA A PÁSCOA?

O pão não fermentado representa a pureza espiritual que Deus exige para Si sem a fermentação e a contaminação da impureza espiritual do mundo;

As ervas amargas representam o amargor da escravidão no Egito;

O cordeiro sem mácula sacrificado representa o Sacrifício Maior que viria em um período de tempo posterior:

Sim, o sacrifício do Seu Filho, o Primogênito Escolhido por Ele dentre todos os Seus Filhos celestiais fiéis e que nasceria de uma mulher. Um Filho Primogênito do homem.

O Cordeiro Santo de Deus, que daria a sua vida para libertar toda a humanidade do pecado e da morte,  apenas por amor a ela.

O Filho de Deus sem nenhuma mácula espiritual. Aquele que amou a humanidade, lutou por ela e a tem protegido desde sempre. Aquele que sem nenhuma pretensão ou ganho pessoal entregou a sua vida pelos homens.

O Cordeiro que cumpriria toda a  Palavra de Deus, tanto nos céus, como na terra. Um primogênito humano.

E naquela noite, assim como Deus ordenou, todos os primogênitos do Egito foram humilhados e castigados, e o Seu primogênito celestial infiel foi humilhado e castigado junto com eles.

Os gritos de dor assolaram todo o Egito naquela noite, quando o Anjo de Jeová Deus passou pelo Egito ferindo de morte a todos os primogênitos egípcios tanto dos homens quanto dos animais.

E assim como foi dito, nunca houve antes e nunca mais haverá dor tão grande no Egito.

E o primogênito natural de Deus, Satanás, pôde ver o Poder da Mão do Pai.

Mas as casas dos israelitas marcadas com o sangue sacrificial do cordeiro foram saltadas pelo Anjo de Deus.

E finalmente o povo de Israel saiu livre do Egito.

Moisés, pelo Poder de Deus realizou grandes eventos, usando as forças físicas e químicas da natureza para libertar o povo de Israel. Até mesmo o Mar Vermelho foi aberto para que o povo de Deus passasse em terra seca.

Nessa época Jeová Deus revelou o Seu Grandioso Nome e o Seu Poder.

Todas as nações da terra tiveram conhecimento dos fatos ocorridos e da queda do Grande Egito, a primeira potência mundial, por meio do Seu Poder.

Sim, Deus mostrou que tudo fará pelo Seu Grandioso Nome e pelo Seu povo.

E Moisés foi conduzindo o povo  de Deus de volta para a terra prometida. Antes de morrer conclama o povo e lhe diz que ele não é o Descendente esperado, e que Deus enviaria um Profeta Maior do que ele e que a Este eles deveriam ouvir:

“Do meio de vocês, Oh, Israel, Jeová Deus escolherá, levantará, um Profeta que será semelhante a mim…”

“Disse Jeová Deus:”

Darei a este Profeta a Minha Palavra e ele dirá ao povo o que Eu ordenar. Eu castigarei quem não obedecer às palavras que este Profeta falar em Meu Nome”. (Deuteronômio 18: 15 e 18 e João 12: 49 e 50)

JEOVÁ DEUS É A PALAVRA.

E Ele nos enviou a Sua Palavra por meio do Seu Filho, Seu Profeta Maior, Jesus Cristo.

Ressalta-se aqui mais uma vez a questão da primogenitura: Moisés não era o primogênito, mas  o último filho gerado por sua mãe. Miriam era a primogênita, Arão o segundo e ele o terceiro.

Todavia, foi por meio de Arão, seu irmão mais velho, que ele falou a faraó.

Algum tempo depois Moisés morre e outros são designados por Deus para dirigirem Seu povo.

O povo de Israel cai muitas vezes, mas Deus vai perdoando o Seu povo e vai exercendo as Suas escolhas para a vinda do Seu Prometido.

Depois de muitas gerações Deus escolhe  Davi, da tribo de Judá. Último filho de Jessé.

Por meio de sua descendência o Seu Filho seria gerado. (I Samuel 16: 1-13)

Mais uma vez Deus despreza a primogenitura natural, atestando que o Seu primogênito celestial foi rejeitado por Ele.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – O FILHO DE DEUS ENTRE NÓS

E após muitas gerações, e sempre de acordo com as escolhas de Deus, da casa de Davi nasce JESUS, o Cristo, o Filho de Deus, conforme todas as profecias e de acordo com o período de tempo designado por Deus.

De Abraão até Davi ocorreram catorze gerações. De Davi até quando os israelitas foram levados cativos para Babilônia mais catorze gerações. E daí até o nascimento do Messias, Jesus Cristo, mais catorze gerações. (Mateus 01: 01 -17 e Lucas 03: 23 – 37)

Jesus, o Messias, foi gerado por Espírito Santo em Maria e foi entregue aos cuidados de sua mãe e de seu pai adotivo terrestre, José. (Lucas 01 e 02)

No dia do Seu nascimento, mais uma vez gritos de júbilo retumbaram nos céus quando os anjos em coro glorificaram a Deus, pois Nele, Jesus, se completava o plano de salvação de Deus para resgatar a humanidade do pecado e da morte. Eis que nascia o Primogênito Escolhido de Deus.

Sim, um Primogênito Humano. E por meio deste Salvador todas as nações seriam abençoadas, cumprindo-se assim a promessa de Deus feita a Abraão, Isaque e Jacó. (Lucas 02: 08-14; Atos 04: 12)

Todos os profetas de Deus profetizaram a respeito de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tudo o que foi escrito, o foi por Ele e para Ele. (Hebreus 11: 01 e 13 e 12: 01)

O profeta Isaías profetizou a respeito Dele, falando por Espírito as Palavras de Deus:

“Eis aqui o Meu Servo, a quem fortaleço; o Meu Escolhido, em Quem se alegra o Meu coração; Coloquei Nele o Meu Espírito; Ele anunciará a Minha vontade e produzirá justiça entre as nações.” (Isaías 42: 01 – 09)

À medida que vai crescendo, Jesus vai aumentando também em sabedoria e magnitude espiritual, e tinha sobre si o favor de Deus e também das pessoas, e todos gostavam cada dia mais dele. (Lucas 02: 52)

Aos trinta anos de idade, quando atinge a maioridade, Ele está livre, pronto e preparado para começar o trabalho designado pelo Pai, Seu ministério e Sua pregação.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – JESUS APROVADO E UNGIDO

E ao se apresentar a João Batista para o batismo,  os céus se abrem e o próprio Jeová Deus diz:

“Tu és o meu Filho amado, Aquele que escolhi e tenho aprovado!”

Ao ser batizado, por apresentar-se claramente como o Ungido de Deus e o Profeta Maior, Jesus sabia que seu tempo de vida chegaria rapidamente ao fim devido à Sua mensagem e ao Seu julgamento daqueles dias para a casa de Israel.

Jesus tinha em Si a Palavra do Pai, todos os Seus Ensinamentos.

E por meio desses Ensinamentos, o Pai deu ao Filho a base do Seu Próprio Julgamento.

E o profeta  Isaías disse a respeito de Jesus:

“Disse Deus:”

“Aqui está o meu servo que ESCOLHI,

“aquele que amo e que dá muita alegria ao Meu coração.”

“Eu porei nele o meu Espírito, e ele anunciará o Meu julgamento a todos os povos.”

“Não discutirá, nem gritará, nem fará discursos nas ruas.”

“Não esmagará o galho que está quebrado,”

“nem apagará a luz que já está fraca.”

“Ele agirá assim até que a causa da justiça seja vitoriosa.”

“E todos os povos vão pôr nele a sua esperança.” (Isaías 61:1)

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – JESUS  A PALAVRA DE DEUS

Assim que inicia seu ministério, as perseguições surgem e se tornam cada dia mais intensas e não cessam mais.

Jesus sabia que Seu tempo de pregação seria curto. Não havia mais dúvidas a seu respeito, sobre quem Ele era e para o quê fora enviado.

Por isso, trabalhava sem cessar, intensificando o ensinamento da Palavra, preparando os seus doze apóstolos na arte do ensino, fortalecendo-os, curando multidões de suas doenças físicas e espirituais, atendendo quantos pudesse, respondendo com sabedoria a todos, fazendo ilustrações simples para um melhor entendimento dos ensinos de Seu Pai.

E todos se maravilhavam com a Sua maneira de ensinar, pois ninguém jamais falara como Ele, pois Ele tinha sobre Si o Espírito de Deus.

Ele tinha uma aparência física completamente comum aos homens de sua época. Fisicamente não se destacava em nada e nem de ninguém. Não era nem mesmo simpático.

Mas quando começava a falar, transformava-se no mais belo, no mais notável, no maior, no mais distinto, digno, maravilhoso e incomparável homem que já viveu.

Suas Palavras eram sinceras, revelavam amor genuíno, davam alívio espiritual e uma nova esperança em Deus, coisas que haviam sido perdidas diante da fé distorcida e do mal disseminado pelos líderes religiosos de Israel. (Isaías 53: 01 e 02)

A coragem de Jesus em expor os desmandos religiosos, a hipocrisia dos sacerdotes, a parcialidade, o orgulho, a avareza, a dureza dos corações daqueles homens, e principalmente a maldade e a falta de misericórdia nos tratos com o povo comum, sofrido e carente de esperança, levou os mestres da lei a odiá-Lo e a buscarem uma forma de calá-Lo para sempre, matando-O.

Porém, o povo comum, em grandes multidões, passou a segui-Lo, movido pelas Suas Palavras.

Seus ensinamentos sempre davam esperança, alegria, amor, alento e curava suas almas desgastadas.

E a cada dia, mais e mais pessoas procuravam a Jesus e ele sentia pena deles e curava grandes multidões dos seus males espirituais e físicos, e os ensinava e os amava e os alimentava. (Mateus 09: 35; 14: 14; 15: 32)

E então a fúria de Satanás alcança seu ápice. Sim, ele, o primogênito natural fôra preterido pelo Pai e Jesus agora ocupava o seu lugar na Primogenitura.

Portanto, não haveria mais tréguas.

E Jesus sabia disso. Podia ver tudo claramente.

Também a inveja dos sacerdotes, ao verem como as palavras de Jesus moviam as pessoas, chega ao seu ponto mais alto, que é matar, destruir completamente a pessoa que os supera por Sua grandeza espiritual e que com coragem divina expõe suas obras más. Os sacerdotes eram seguidores de Satanás.

E com isso as horas de Jesus passaram a ser contadas.

O Primogênito humano escolhido por Deus pelo seu amor, sim, pela sua obediência, pela sua fé, pela sua misericórdia, pela sua coragem e pela sua determinação em trazer as Palavras do Pai, os Seus Ensinamentos para os homens, teria que ser eliminado.

Satanás o mataria sem misericórdia, pois Jesus o vencera.

O Primogênito Humano venceu o primogênito celestial!

Jesus, por cumprir a Palavra nos céus e na terra, mostrou-se merecedor de receber as bênçãos da Primogenitura do Pai.

Ele disse:

“Porém, muitos que são primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros.” ( Mateus 19: 30; Mateus 20: 01 -17; Marcos 10: 31; Lucas 13: 30)                                                                                          

Sim, Jesus foi um dos últimos filhos celestiais de Deus a ser criado.

Todavia, foi idealizado por Deus desde antes da criação do mundo.

E ele agora recebia a Verdadeira Primogenitura. A do Espírito pela escolha de Deus!

E o povo o reconheceu como o Messias e o amava e o aclamava.

Jesus vai a Jerusalém para a comemoração da Páscoa.

E o povo o recebe com alegria e o saúda:

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – JESUS  ACLAMADO COMO PRIMOGÊNITO DE DEUS

“Bendito é aquele que vem em nome de JEOVÁ DEUS!”

“Aleluia!”

“Aleluia!”

“Aleluia!”

Chega o dia da comemoração da Páscoa.

Então Jesus Cristo, Nosso Senhor, obedecendo às ordens do Pai, prepara-se para comemorá-la junto com os seus apóstolos.

Ele sabia que esta seria sua última Páscoa na terra.

Sua própria vida seria dada daí a poucas horas como Sacrifício Maior e Perfeito para salvação e a reconciliação de toda a humanidade com Deus. Ele se tornaria daí a algumas horas o Cordeiro Pascal Eterno Para Jeová Deus.

Sacrificado por nós, sacrificado para o perdão dos nossos pecados, sacrificado para recebermos gratuitamente o dom da vida eterna perdida. Eis o Último e Único sacrifício aceito a partir de então por Jeová Deus.

Desde este dia não há mais nenhum outro sacrifício que possa ser aceito por Deus. (João 01: 29; I Coríntios 05: 07 e 08; I Timóteo 02: 05 e 06)

Naquela noite de catorze do mês de nisã, ao chegar ao local onde comeriam a páscoa, Jesus, já reunido com os doze lhes diz: “Desejei muito comer esta páscoa com vocês antes de eu sofrer”.

Normalmente eram servidos quatro copos de vinho durante a refeição da páscoa, e à medida que transcorria a celebração, Jesus procurava incessantemente exortar seus discípulos a se manterem unidos no amor de Deus.

Procurava também prepará-los para a sua partida.

Em determinado momento Ele se levanta, tira sua vestimenta exterior, toma uma toalha, enche uma bacia com água e passa a lavar os pés dos seus apóstolos.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA –  HUMILDADE DE CORAÇÃO

Lavar os pés dos hóspedes era uma tradição obrigatória de hospitalidade entre o povo de Israel quando eles recebiam alguém, e era realizada pelo próprio dono da casa.

Nesta noite não estava presente o dono da casa, pois a sala onde se encontravam havia sido cedida por um seguidor de Jesus.

Portanto, qualquer um dos doze poderia ter realizado este trabalho.

Porém, ninguém o fez. Certamente achavam que seria um trabalho humilhante e  que os deixaria em uma posição de inferioridade perante os demais.

Mas, neste dia, mais uma vez e literalmente, Jesus lhes ensinou com esse ato, que nenhum trabalho ou atividade é humilhante.

Assim como já havia ensinado, há muito mais felicidade em dar do que há em receber.

Qualquer serviço realizado em prol de outrem é digno de honra e é louvável.

E então Ele lhes diz:

“Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de “Mestre” e “Senhor”, e o fazem corretamente, pois eu o sou. Portanto, se eu, embora Senhor e Mestre lavei os pés de vocês, vocês da mesma forma devem lavar os pés uns dos outros.”  

“Entendam que eu estabeleci um exemplo para que vocês façam o que eu fiz.”

“Eu afirmo a vocês que o empregado não é maior do que o seu patrão, e o mensageiro não é maior do que aquele que o enviou. Já que vocês conhecem esta verdade, vocês serão felizes se a praticarem.”

Jesus já havia dito em uma ocasião anterior na qual os apóstolos discutiam buscando posições de destaque junto a ele:

“…Quem quiser ser grande entre vocês, que seja aquele que serve e quem quiser ser o primeiro entre vocês que seja o escravo de vocês.

Da mesma maneira como Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar a muitos.” (João 13: 01 – 16; Mateus 20: 28)

Após lavar os pés dos apóstolos, Jesus cita o Salmo 41: 09 que diz:

“Aquele que costumava alimentar-se do meu pão ergueu o seu calcanhar contra mim.”

E ficando aflito em espírito, explica: “Um de vocês me trairá”.

Os apóstolos ficam tristes e começam a perguntar a Jesus qual deles cometeria este ato miserável e vil de traição. Até Judas Iscariotes cinicamente o faz.

Jesus revela a João quem seria.

E quando chegou a hora, Jesus sentou-se à mesa com os apóstolos e lhes disse:

“Como desejei comer esta Páscoa com vocês antes do meu sofrimento!”

Pois eu digo a vocês que nunca mais comerei este jantar até que eu coma o verdadeiro jantar que haverá no Reino de Deus.”

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – JESUS ENTREGA SUA VIDA POR NÓS

JESUS toma então um pão, dá graças, divide-o e dá aos apóstolos, dizendo:

“Tomem todos e comam. Isto é o meu corpo que será entregue em favor de vocês. Façam isto em memória de mim.”

Depois do jantar, do mesmo modo deu a eles o cálice de vinho.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – JESUS DERRAMA O SEU SANGUE VALIDANDO A NOVA ALIANÇA DE DEUS COM A HUMANIDADE PARA  PERDÃO DOS NOSSOS PECADOS 

E, passando o cálice de vinho para os seus apóstolos, disse JESUS:

“Bebam todos, porque isto representa o meu sangue, que será derramado em favor de muitos para perdão dos pecados.”

“Este cálice representa a nova aliança feita por Deus com o seu povo, aliança que é garantida, firmada pelo meu sangue, que será derramado em favor de vocês. Persistam em fazer isto em memória de mim.” (Mateus 26: 26 – 30; Marcos 14: 22- 26)

Judas então se retira rapidamente do recinto.

Descoberto, não há mais clima para a sua presença.

Todos os pactos ou alianças feitos por Deus com seu povo no passado, eram firmados, chancelados, com o sangue sacrificial de animais.

O sangue sacrificial dos animais prefigurava a Santidade do Sangue Sacrificial de Jesus que seria derramado em benefício de toda a humanidade.

Este é o Pacto Maior de Deus com os homens.

A Aliança  Eterna e definitiva de Deus com a humanidade seria validada e concluída com o Sangue do Cordeiro, o Filho Escolhido e Ungido por Deus, Jesus Cristo.

O Sangue do Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo inteiro.

Naquela noite de Páscoa este Acordo foi definitivamente firmado por Jesus.

Último pacto.

De um Reino Celestial com os seus apóstolos.

Uma última e eterna Aliança de Deus com a humanidade.

Com o seu corpo e o seu Sangue, dali a poucas horas, Jesus selaria, confirmaria e concluiria definitivamente a aliança feita por Deus com a humanidade.

Após ser instituída esta nova celebração, maior e perfeita, completando e substituindo a anterior, os apóstolos novamente discutem entre si sobre qual dentre eles era o maior. Alguns pediam uma posição de destaque no Reino.

Mais uma vez, Jesus raciocina amorosamente com eles:

“Pois bem, quem é maior, aquele que está sentado à mesa para comer ou aquele que está servindo a mesa? Claro que é o que está sentado à mesa.”

Então, relembrando o seu próprio exemplo, diz:

“Porém, entre vocês, eu sou como aquele que serve.” (Lucas 22: 24 e 27)

Jesus fala para eles que naquela noite todos iriam tropeçar por causa dele e que iriam abandoná-lo.

Pedro nega veementemente e afirma que isso jamais aconteceria, que ele jamais o abandonaria, mas que ele daria a sua própria vida por Jesus.

E Jesus lhe responde, que naquela mesma noite, antes que o galo cantasse pela segunda vez, Pedro o teria repudiado por três vezes. (Marcos 14: 27)

Jesus agora fala claramente que breve os deixará. Consola-os.

Diz que, sem dúvidas, irá deixá-los muito em breve. Os seus apóstolos dizem que aonde ele for eles também irão. E lhe pedem que lhes mostre o caminho.

E Jesus mostra-lhes o caminho:

“Exerçam fé em Deus. Exerçam fé também em mim.”

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode vir ao Pai a não ser por mim.”

“O que vocês pedirem em meu nome, eu o farei.”

“Pedirei ao Pai e Ele enviará a vocês outro ajudador para estar com vocês todo o tempo, o Espírito da Verdade.”

“Se alguém me amar, observará a minha Palavra, e o meu Pai o amará… Quem não me ama, não observa as minhas Palavras.

“Eu deixo com vocês a paz, dou a vocês a minha paz… Não se aflijam os corações de vocês.”

“Permaneçam no meu amor.”

“Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros assim como eu tenho amado a vocês. Ninguém tem maior amor do que este, de entregar a sua vida em favor dos seus amigos.”

“Todos saberão que vocês são meus discípulos se vocês tiverem amor entre vocês.”

“Chamo-os de amigos… Vocês são meus amigos… porque todas as coisas que ouvi do Pai, eu tenho deixado vocês saberem.”

“Vocês serão expulsos das sinagogas… Chegará o tempo em que todo aquele que matar vocês dirá que está prestando um serviço sagrado a Deus.”

“Eu não disse isso antes porque eu estava com vocês… Mas agora vou para Aquele que me enviou.”

“Ainda tenho muitas coisas para dizer para vocês, mas vocês não são capazes de suportá-las no momento.”

Os apóstolos não conseguiam entender o que significavam tantas exortações, tantos conselhos, tantas admoestações, tanto consolo piedoso.

Não passava pelas suas cabeças que em poucas horas O Mestre Amado lhes seria tirado, arrancado e morto.

Não acreditavam que tudo iria ocorrer exatamente daquela forma, tão rapidamente, de maneira tão repentina e dentro de tão pouco tempo.

Não dava para acreditar que ele poderia ser morto naquele mesmo dia em que acabavam de celebrar a festa mais importante do calendário judaico, a Páscoa, festa de comemoração da mais extraordinária libertação divina de um povo de um domínio estrangeiro.

Mas Jesus sabia que sua hora havia chegado. Não havia mais retorno.

Ele selaria com Sua vida e Seu sangue uma libertação muito maior e universal.

E Jesus continua:

“Se vocês pedirem ao Pai qualquer coisa em meu nome, Ele a dará a vocês… Pois o próprio Pai tem amor por vocês, porque vocês tiveram amor por mim e acreditaram que eu saí como representante do Pai. Saí do Pai e vim ao mundo. Agora, deixo o mundo e vou embora para o Pai.”

“Eu disse estas coisas a vocês para que, por meio de mim, vocês tenham paz… No mundo vocês terão aflições, mas, coragem! Eu venci o mundo.”

E então, Jesus, depois de prepará-los e consolá-los extensamente, levanta os olhos para os céus e profere a Deus uma prece, a sua última com os seus onze apóstolos:

“Pai! Chegou a hora! Revela a natureza divina do Teu Filho, para que ele revele a Tua natureza gloriosa. Pois tens dado ao Filho autoridade sobre todos os seres humanos, para que Ele dê vida eterna a todos os que Lhe deste. E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti só, que és o Único Deus Verdadeiro; e conheçam também aquele que enviaste ao mundo, Jesus Cristo…”

“Agora estou indo para perto de Ti. Eles continuam no mundo, mas eu não estou mais no mundo. Pai Santo, pelo poder do Teu Nome, e pelo nome que me deste, guarda-os para que sejam um, assim como Tu e eu somos um…”

“Que eles sejam Teus por meio da verdade; a Tua Palavra é a Verdade…”

“Pai, quero que, onde eu estiver, aqueles que me deste estejam comigo… Pois me amaste antes da criação do mundo… Eu fiz com que eles Te conhecessem e continuarei a fazer isso para que o amor que tens por mim esteja neles e para que eu também esteja em união com eles.”

Ao terminar a oração, abençoou-os, cantaram hinos e saíram para o vale do rio Cédron.

Param ao longo do caminho no jardim de Getsêmani, um dos lugares preferidos de Jesus.

Deixando oito dos apóstolos perto da entrada do jardim, chama Pedro, Tiago e João e vai um pouco mais para dentro do jardim.

Diz a eles:

“A minha tristeza é tão grande que parece que vai me matar! Fiquem aqui vigiando comigo.”

Indo um pouco mais adiante, Jesus, aflito lança-se ao chão e, com o rosto em terra ora fervorosamente:

Pai, meu Pai, se possível, afasta de mim este copo de sofrimento. Porém, não o que eu quero, mas o que Tu queres.”

Não, Jesus não estava com medo de morrer. Em hipótese alguma!

Ele sabia para o que tinha vindo.

Mas ele estava aprisionado na carne, dentro das limitações da carne!

Dúvidas certamente o assaltaram:

“Será que fiz tudo como o Pai mandou?”

“De alguma forma, por estar na carne, posso ter esquecido algum ensino?”

“Será que eu fracassei em alguma parte da minha missão?”

Meu Deus, eu posso ter falhado em alguma coisa?”

Somente quem já passou por situação semelhante sabe as dúvidas que assaltam a pessoa nessa hora.

Sempre vem a dúvida de se haver negligenciado alguma coisa, principalmente na área espiritual, por menor que seja.

Mas, medo do que pode acontecer consigo, jamais.

Medo de morrer, jamais.

Há tal força do Espírito que o medo da morte não existe.

Porém o período que antecede a hora fatal é profundamente aflitivo.

A força de espírito que se desprende é incalculável.

E Jesus volta a ter com os apóstolos, mas todos eles se encontravam dormindo.

E diz a Pedro:

“Vocês não puderam vigiar comigo nem mesmo uma hora?”

“Fiquem vigilantes e orem continuamente, sem cessar, para que não entrem em tentação. O espírito certamente está ansioso, mas a carne é fraca.”

Jesus alerta insistentemente os seus  apóstolos sobre a necessidade da oração, pois o tempo que viria seria de muita aflição.

Mas somente Ele, Jesus, poderia viver plenamente aquele momento.

O Seu momento final de vida na carne na sua plenitude era unicamente  seu.

A sua última fase de aprimoramento espiritual, de obediência ao Pai até a morte em uma condição totalmente adversa àquela que tinha tido antes nos céus.

Vendo o cansaço e a sonolência dos apóstolos, torna a retirar-se.

Afasta-se mais um pouco e ora ainda mais fervorosamente:

“Pai, seja feito não o que eu quero, mas o que Tu queres!”

Volta a ter com os apóstolos e encontra-os novamente dormindo. Alerta-os para que fiquem vigilantes, orando, para não caírem em tentação.

Afasta-se novamente, e agora cheio de aflição, em clamores e dores, Jesus torna a orar mais fervorosamente ainda.

“Pai, não o que eu quero, mas o que Tu queres!

A intensidade da sua oração é tão grande, a força do espírito desprendido é tanta, mais tanta, que seu suor desce em gotas de sangue caindo no chão.

E então aparece do céu um anjo de Deus para consolá-lo.

O anjo certamente lhe disse que nada mais o afligisse, pois havia cumprido totalmente a vontade do Pai e que, tudo o mais que iria acontecer, seria rapidamente levado a término.

Afiançou-lhe que eternamente Seu sacrifício seria lembrado, e que as dores e o sofrimento pelos quais estava passando não iriam subir depois ao Seu coração, pois a Sua vitória sobre a morte estava garantida, e o caminho para a salvação dos que creem definitivamente aberto.  

E certamente o anjo ainda o animou, encorajou, confortou e fortaleceu.

Jesus então, consciente de ter cumprido plenamente a sua missão na terra, retoma com segurança a sua tranquilidade.

E então volta aos seus apóstolos pela terceira vez e novamente os encontra dormindo. Ele diz:

“Numa ocasião com esta e vocês estão dormindo e descansando! Agora basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do Homem está sendo traído às mãos de pecadores.”

Jesus ainda estava falando quando chegou uma multidão.

E quem a guiava era Judas Iscariotes. E, conforme já havia sido acordado com os soldados, aquele a quem ele beijasse deveria ser preso, pois este era Jesus. Adiantou-se da multidão e dirigiu-se diretamente a Jesus.

“Bom dia, Rabi!”, diz Judas, e o beija mui ternamente.

Mas Jesus diz:

“Amigo, para que fim você está aqui?

E o próprio Jesus responde:

“Judas, é com um beijo que você trai o Filho do Homem?”

Horas antes, ao ser dispensado da refeição pascoal, Judas havia ido direto aos principais sacerdotes para entregar Jesus e recebeu deles 30 moedas de prata pela sua traição (cerca de 90 dias de um salário – o preço de um escravo).

Os sacerdotes enviaram seus próprios oficiais, bem como um destacamento de soldados para prenderem Jesus.

Como estava escuro e provavelmente ninguém do destacamento de soldados romanos conhecesse Jesus, o sinal acordado por Judas foi: “Aquele a quem eu beijar, este é ele; prendam-no e levem-no com segurança embora.”

E então Jesus se achega à luz das tochas e se apresenta:

“Eu sou Jesus, a quem procuram.”

E Jesus calmamente se entrega!

E pede que os soldados deixem ir os seus apóstolos, pois é a ele que eles buscam.

Dois dos apóstolos sacam de duas espadas que tinham com eles e ferem na orelha o empregado do Sumo Sacerdote. Jesus toca a orelha do homem e o cura. E lhes ensina uma importante lição:

“… Todos os que tomarem a espada perecerão pela espada. Ou vocês pensam que não posso apelar para o Pai para Ele me fornecer neste momento mais de doze legiões de anjos? Como se cumpririam as Escrituras, de que tem que ser desta forma? Não deveria eu beber o copo que o Pai me tem dado?”

E então os soldados se apoderam de Jesus, amarram-no e levam-no. Neste instante os apóstolos abandonam Jesus e fogem.

Jesus é levado a Anás, ex-sumo sacerdote, mas ainda um sacerdote muito influente, pois seu genro Caifás é quem assume o atual cargo de sumo sacerdote.

Essa parada na casa de Anás foi proposital para que houvesse o tempo necessário para se reunir o Sinédrio, e para se arrumar testemunhas contra Jesus.

Anás era velho conhecido de Jesus.

Ele era o sumo sacerdote quando Jesus, aos doze anos de idade, deixou pasmos os instrutores da Lei no templo com o Seu profundo conhecimento das Escrituras, apesar da pouca idade.

Anás começa a interrogar a Jesus sobre os discípulos e sobre o Seu ensino. Contudo, Jesus lhe responde calmamente:

“Falei ao mundo publicamente. Sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem e não falei nada escondido ou em secreto. Por que você me interroga? Interrogue os que me ouviram. Eles sabem o que eu disse.”

Um dos oficiais lhe dá uma bofetada dizendo:

“É assim que você responde ao principal sacerdote?”

“Se eu falei algo errado, aponte-me o erro; mas, se eu falei o que é certo, por que você me bate?”

E então Anás envia Jesus para Caifás.

A essa altura praticamente todo o Sinédrio, ou pelo menos a maioria dele, que era composto de 71 membros, já está reunido na casa de Caifás.

É contra a lei judaica realizar um julgamento como este na noite da Páscoa.

Mas, nada detém os líderes religiosos dominados por Satanás em alcançar o seu intento iníquo.

E por isso, tudo tem de ser efetuado e concluído rapidamente, pois o julgamento de Jesus na realidade já havia acontecido semanas antes. Eles já haviam decidido matá-lo. Por isso bastava dar uma aparência de legalidade, “legitimar” o julgamento e concretizar o ato assassino.

Quem já passou por semelhante situação sabe como muitos julgamentos são determinados de antemão. Os religiosos sempre o são.

Todavia, não encontraram nada que pudesse corroborar para um desfecho de condenação à pena máxima de Jesus.

As testemunhas arranjadas por eles não sabiam o que falar, entravam em contradições e não apresentavam absolutamente nenhum motivo que pudesse justificar o propósito homicida deles.

Até que Caifás, vendo que não conseguiria nada consistente contra Jesus, astutamente ordena-lhe:

“Pelo Deus Vivente, eu te ponho sob juramento para nos dizeres se tu és o Cristo, o Filho de Deus!”

Jesus responde corajosamente:

“Sou. E vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do poder e vindo em nuvens do céu.”

Caifás,  dramaticamente, rasga a sua túnica exterior e exclama:

“Ele blasfemou! Que necessidade ainda temos de testemunhas? Vocês ouviram a blasfêmia. Qual é a opinião de vocês?

“Morte! Ele está sujeito à morte”, decreta o Sinédrio alvoroçado.

E o esbofeteiam e cospem em seu rosto, e o humilham com piadas jocosas.

Passado algum tempo, Pedro e João decidem voltar para ver para onde levaram Jesus e o que iriam fazer com Ele.

João é conhecido dos sacerdotes por estar sempre no templo ensinando, e ele consegue com os empregados a permissão para entrar na casa de Caifás. Consegue também fazer com que Pedro entre.

A noite é fria e os empregados, servindo aos seus patrões e recebendo os visitantes, acendem um fogo em brasas em um recipiente próprio no pátio externo da casa.

Pedro se achega ao calor do fogo, pois o frio da noite junto com o frio do medo o congelam.

Neste momento a porteira que deixou Pedro entrar, vendo claramente o seu rosto, o reconhece e diz:

“Você também estava com Jesus, o Galileu.”

Pedro, perturbado por ter sido reconhecido, nega que conhece Jesus, dizendo:

“Nem o conheço e nem entendo o que você diz.”

Afasta-se para perto do portão. Ali outra moça o reconhece e afirma:

“Esse homem estava com Jesus, o nazareno.”

Pedro nega com veemência, e jurando diz:

“Juro que não conheço este homem.”

Pedro continua na casa, buscando se esconder nas sombras.

Mais de uma hora depois dessa moça tê-lo reconhecido, um grupo de pessoas que está parado ali no pátio olha para Pedro e o reconhece:

“Você certamente é um deles, pois o seu dialeto o trai.”

“Eu não vi você no jardim com ele?”, questiona ainda outro.

Esbravejando e jurando, amaldiçoando a si mesmo caso não estivesse falando a verdade, Pedro nega a Jesus pela terceira vez.

E neste momento o galo canta pela segunda vez. E ele se lembra das palavras de Jesus poucas horas atrás.

Na parte de cima da casa de Caifás o Sinédrio está reunido para dar prosseguimento e organizar o mais rápido possível a miserável farsa da condenação de Jesus. Jesus fica debaixo de guarda em outra sala.

Em determinado momento vai até a sacada sem que os guardas o incomodem ou o impeçam, pois certamente está amarrado.E então o galo canta pela segunda vez.

E Jesus olha para baixo e avista Pedro. Pedro também o vê, e arrasado pelo peso do seu pecado, pela sua covardia, pelo seu medo, foge e chora amargamente.

Quem já passou por situação semelhante, sabe a vergonha, a tristeza e o peso que dá na consciência o pecado da omissão por causa do medo.

A noite está terminando. O falso julgamento está arrumado e pronto. O dia logo ficará claro e é necessário que se dê uma aparência de legalidade ao ato vil, e então os membros corruptos do Sinédrio se reúnem bem cedo na sala oficial do templo para repetirem o interrogatório e para poderem caracterizar tudo dentro das conformidades exigidas pela lei.

“Você é, portanto, o Filho de Deus?”, perguntam novamente.

“Vocês mesmos estão dizendo que sou.”, responde Jesus.

Judas Iscariotes está acompanhando o desenrolar de todo o processo, e com medo de alguma consequência recair sobre ele, decide devolver o dinheiro recebido.

“Pequei quando traí sangue justo.”, diz ele aos sacerdotes.

“E o que temos nós com isso? Isso é problema seu!”, respondem eles.

Judas atira as moedas no chão do templo e sai para se enforcar.

Nesse momento viu o pecado que cometera diante dos seus próprios olhos!

Judas, sem consciência, não recuou diante do seu terrível ato homicida!

Planejara e levara a cabo o seu vil intento de trair e entregar à morte o Filho de Deus.

Conscientemente levou a término o seu pecado, sem retroceder.

As míseras moedas aceitas por ele denotam o miserável valor que ele dava a Jesus e menosprezo que sentia por Ele.

O galho em que se pendura quebra-se  e seu corpo despenca nas pontudas rochas abaixo, arrebentando-se.

Os sacerdotes não sabem o que fazer com as moedas de prata.

“Não é legal colocá-las no cofre do templo, porque é preço de sangue.”

Em todo o processo percebe-se que a condenação de Jesus à morte já estava previamente determinada e era irreversível. Não seria aceitável nenhuma outra espécie de punição.  

Depois de deliberarem entre si e em comum acordo, os sacerdotes decidem comprar um campo de olaria para sepultar forasteiros.

E o campo passa, desde então, a ser conhecido como “Campo de Sangue”.

Mas, é nessa hora que  se pode concluir definitivamente que os sacerdotes já O haviam condenado à pena máxima antes do falso julgamento. Eles já o consideravam morto quando disseram “preço de sangue”.

Ainda é manhã muito cedo quando Jesus é levado ao palácio do governador. O governador de Jerusalém é Pôncio Pilatos. Ele vem para fora e recebe os sacerdotes em uma atitude política de conciliação. Pergunta-lhes:

“Que acusação vocês têm contra esse homem?”

“Se esse homem não fosse um delinquente, não o teríamos trazido e entregue a você”, respondem.

“Levem-no e julguem-no vocês mesmos de acordo com a lei de vocês.”, responde Pilatos.

“Não é lícito para nós matar alguém.”, respondem eles, revelando ainda mais claramente suas intenções assassinas.

E, temendo que fosse descoberta toda a sujeira judicial praticada, procuram forjar uma acusação política para absolvê-los da responsabilidade:

“Achamos este homem subvertendo a nossa nação e proibindo o pagamento de impostos a César, dizendo que ele mesmo é Cristo, um rei.”

Pilatos, preocupado com um possível adversário de César, entra no palácio, chama Jesus e pergunta:

“Você é o rei dos judeus?”

“Você me pergunta isso por sua própria iniciativa, ou lhe falaram algo a meu respeito?”, questiona Jesus.

“Será que sou judeu? A sua própria nação e os principais sacerdotes o entregaram a mim.”

“O que você fez?”, indaga Pilatos. A resposta de Jesus surpreende Pilatos por mostrar que Ele não é uma ameaça a César:

“Meu reino não faz parte deste mundo.”

Pilatos pressiona:

“Pois bem, você é rei?”

“Você mesmo está dizendo que sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está do lado da verdade ouve a minha voz.”, responde Jesus.

“O que é a verdade?”, replica Pilatos, e sem esperar resposta, sai e vai ter com os sacerdotes. Uma multidão já se formou e aguarda do lado de fora.

Pilatos vê a agitação que se forma e diz aos sacerdotes:

“Não acho nenhum crime neste homem.”

Incentivada pelos sacerdotes, a multidão em alvoroço orquestrado e estimulado à perturbação, insiste na condenação de Jesus.

Pilatos volta para dentro e mostra a Jesus a multidão testemunhando contra ele.

Jesus não faz nenhum esforço para responder.

Sua calma diante das veementes acusações faz com que Pilatos fique perplexo, impressionado e até mesmo maravilhado.

Ao saber que é Galileu, Pilatos vê a chance de passar a responsabilidade para outro.

Sabe que bem perto do palácio, numa rua próxima,  encontra-se o governador da Galiléia, Herodes Ântipas, que viera para a festa da Páscoa em Jerusalém.   (sim, o miserável  Herodes que decapitou João Batista).

E Pilatos envia Jesus para ele.

Herodes fica contente, porque já ouvira falar de Jesus e tem a curiosidade de vê-lo fazer um milagre.

Jesus nega-se a satisfazer a curiosidade de Herodes e sequer lhe responde uma única palavra quando este o interroga.

E então, por ter sido menosprezado por Jesus, Herodes incentiva a todos os presentes a debocharem de Jesus.

Vestem-no com um manto púrpuro muito vistoso e zombam dele e o enviam de volta a Pilatos.

Pilatos torna a chamar os sacerdotes e diz:

“… Vocês me trouxeram este homem… Não vejo base para as acusações… tampouco o viu Herodes… e, eis que ele não cometeu nada que mereça a morte.”

“Portanto eu o castigarei e o livrarei.”

Pela segunda vez Pilatos inocenta Jesus e quer libertá-lo.

Para reforçar essa decisão, sua esposa lhe diz que não tenha nada que ver com o assunto, pois teve um sonho com Jesus, que a fez sofrer muito, de que ele era um homem justo.

Impressionado pela postura e pelo comportamento de Jesus e percebendo sua inocência, Pilatos procura outra maneira de libertá-lo.

“Vocês têm o costume de que eu liberte um homem na ocasião da Páscoa.”  Então pergunta:

“A qual deles vocês querem que eu deixe livre, a Barrabás ou a Jesus, o chamado Cristo?”

A multidão,   completamente contaminada pelos principais sacerdotes e em uma agitação acalorada e agora desenfreada, pede que Barrabás seja solto e Jesus morto.

Pilatos reage e pergunta novamente:

“A qual dos dois vocês querem que eu solte?”

“Barrabás!”, gritam eles em coro.

Consternado, Pilatos pergunta:

“E o que vocês querem que eu faça com Jesus, o chamado Cristo?”

“Seja pregado na estaca! Para a estaca com ele! Para a estaca com ele!”

Sabendo que exigem a morte de um inocente, Pilatos suplica:

“Por quê? Que coisa má fez este homem? Não achei nada nele que mereça a morte; portanto, eu o castigarei e o livrarei.”

Mas o povo continua clamando pela morte de Jesus. Pilatos então toma uma  bacia de água, lava as mãos perante a multidão e diz:

“Eu sou inocente do sangue deste homem. Isso é com vocês.”

“Que o sangue dele recaia sobre nós e sobre os nossos filhos.”, respondem.

Barrabás é solto. Jesus é levado. Despem-no e depois é chicoteado. O chicote utilizado é curto, chamado flagelum. Ele é feito com tiras de couro de diversos tamanhos. Algumas tiras são trançadas e em suas pontas são amarradas bolinhas de ferro que causam profundas contusões e hematomas; as outras tiras têm nas pontas afiadas lascas de osso de ovelha, que causam dilacerações na pele, nos tecidos cutâneos e subcutâneos.

Após o açoitamento, Jesus é levado de volta ao palácio e toda a tropa é convocada.

Ali os soldados cometem mais abusos. Eles trançam uma coroa de espinhos e a colocam em sua cabeça, e o fazem segurar uma vara com as mãos.

Tiram sua túnica exterior e colocam sobre seus ombros um manto púrpuro.

Batem mais nele e cospem em seu rosto.

Na tentativa de soltar Jesus, mostrando o sofrimento que lhe havia sido imposto e com o objetivo de comover o povo, Pilatos o traz daquela forma para fora: espancado, ensanguentado, com a coroa de espinhos na cabeça e o manto púrpuro sobre os ombros. E o apresenta ao povo, proclamando: 

“Eis o homem!”     

Estas palavras irão ecoar por toda a eternidade:

“Eis o homem! Eis o homem! Eis o homem! Eis o homem!”

O Filho de Deus na carne!

Ali, diante de todos os homens e diante de todos os anjos, é apresentado o mais maravilhoso homem que já viveu.

Sim, o Filho Escolhido por Deus nos céus e enviado como um homem para salvar a todos os que quiserem fazer a vontade do Pai! O Primogênito Humano de Deus!

Sua dignidade espanta; seu olhar é sereno e calmo; sua postura é solene e respeitosa; sua integridade é inabalável.

Eis o homem!

Eis o Agente Principal da Vida! E vida eterna!

O mais notável personagem de toda a história humana, de uma grandeza espiritual inigualável e incomparável. Sim, Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Eis O Primogênito Escolhido de Deus!

Pilatos, assombrado com a serenidade e a postura de Jesus, tenta novamente livrá-lo e manda que eles mesmos o preguem na estaca. Pelo menos uma quinta vez Pilatos afirma não ver nenhuma falta em Jesus.

Os sacerdotes ficam ainda mais irados e recorrem agora a acusações de delitos religiosos. Dizem que Jesus é um blasfemador, pois se diz Filho de Deus.

Pilatos o leva para dentro e pergunta:

“De onde você é?”

Jesus fica calado, e Pilatos, diante de sua negação em lhe responder, diz:

“Você não sabe que eu tenho o poder de livrá-lo ou de pregá-lo em uma estaca?”

“Você não teria nenhum poder sobre mim se não tivesse sido concedido de cima, do Pai”

Pilatos tenta mais uma vez livrar Jesus por temer que ele tenha origem divina.

Leva-o para fora, mas de nada adianta ele tentar demover o povo da decisão de matar a Jesus.

Percebe que os líderes religiosos e os principais sacerdotes têm inveja de Jesus. Por isso pergunta:

“Vocês querem que eu pregue na estaca o rei de vocês?”

Dominados pelo espírito diabólico, invejoso e assassino, os principais sacerdotes dão o xeque-mate em Pilatos quando dizem:

“Não temos nenhum outro rei senão a César!”

Temendo agora pela sua posição política e pela sua reputação perante Roma, Pilatos cede e entrega Jesus à morte.

Pilatos até esse dia era inimigo de Herodes. Mas, a partir de então, tornam-se amigos. Na verdade, os maus atos unem os que praticam o mal. Uma associação para fins de escusa, proteção mútua e acobertamento.

Já é metade da manhã quando Jesus é obrigado a carregar a sua estaca para o local de execução.

No caminho faltam-lhe forças e ele cai com o peso da estaca.

Um transeunte, de nome Simão, é obrigado a levar a estaca de Jesus. Há grandes lamentações por parte da população no percurso realizado por Jesus.

Muitas mulheres choram, e Jesus pára por um instante, olha para elas, e diz:

“Filhas de Jerusalém, parem de chorar por mim. Pelo contrário, chorem por vocês mesmas e pelos filhos de vocês, porque vai chegar o dia em que as pessoas dirão:“ Felizes as mulheres estéreis e as que não deram a luz e nem amamentaram… Porque, se fazem tudo isso enquanto a árvore é viçosa e  cheia de vida, o que ocorrerá quando estiver seca?”

Dois salteadores são levados com Jesus para serem também pregados na estaca. Os três prisioneiros são despidos de suas roupas exteriores. Jesus é pregado na estaca, mas, no seu amor, ora pelos soldados:

“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo!”

Pilatos manda escrever uma tabuleta e colocar sobre a estaca de Jesus: “Jesus, o Nazareno, o Rei dos Judeus.”

Os sacerdotes reclamam que ele não é o rei dos judeus, mas que ele se dizia o rei dos judeus. Pilatos, já irritado com a perturbação deles, diz: “O que escrevi, escrevi.”

E dando-lhes as costas, retira-se.

Jesus é pregado na estaca de torturas.

Ele recusa a bebida entorpecedora que as mulheres de Jerusalém preparavam para dar aos condenados para aliviar as suas dores e que servia também para narcotizar as faculdades mentais perceptivas.

Os sacerdotes, liderando uma grande multidão, leva-os em alvoroço para o local da execução.

Fazem toda sorte de deboche com Jesus. Humilham-no ao máximo, contagiando também os soldados que passam a zombar de Jesus.

Verdadeiramente o mal, a zombaria e o desprezo são muito mais contagiosos do que qualquer vírus, e se propagam na velocidade da luz.

Os soldados lançam sortes para dividir as roupas de Jesus. Um dos salteadores zomba de Jesus, mas o outro lhe diz:

“Você não tem nenhum temor de Deus? Mesmo agora condenado? Nós, com justiça, pois estamos recebendo o que merecemos, mas este homem não fez nada fora de ordem, ou fora da lei.”

E dirige-se a Jesus com um pedido:

“Senhor, lembra de mim quando entrar no seu reino.”

Jesus responde:

“Eu te digo hoje: Você estará comigo no Paraíso.”

Ao meio-dia ocorre uma misteriosa escuridão que dura três horas. Não é um eclipse, pois os eclipses solares só acontecem na lua nova, e é lua cheia.

Os eclipses duram apenas alguns minutos e esta escuridão se prolonga por três horas.

É a terrível escuridão espiritual associada ao profundo pesar de Deus e dos seus servidores fiéis celestiais.

Impossível não sentir tristeza, mesmo que por alguns instantes, ao ver calar-se a Palavra, o Porta-Voz, o Filho Escolhido de Deus.

Diante da escuridão, a multidão escarnecedora hesita, fica com medo e pára de zombar de Jesus.

Nesse momento Maria, mãe de Jesus, Salomé, irmã de Maria, tia de Jesus, Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago, aproximam-se de Jesus. João está com elas.

Jesus olha para eles e diz à sua mãe, inclinando a cabeça com grande esforço em direção a João:

“Mulher, eis o teu filho!”

Então, voltando a cabeça em direção a Maria, diz a João:

“Eis a tua mãe!”

Por volta das três horas da tarde, Jesus diz:

“Tenho sede.”

Jesus, neste momento, debaixo de tão grande dor, cansaço e humilhação, sentindo-se abandonado e desamparado, clama:

“Deus meu, Deus meu! Por que me abandonaste?”

Um dos soldados pega uma esponja com vinagre e dá-lhe de beber. Ao receber o vinagre, Jesus clama:

“Está consumado!”

“Pai, em Tuas mãos entrego o meu espírito.”

Daí inclina a cabeça e morre.

Está consumado! Está consumado! Tudo está consumado!

Jesus venceu! Manteve-se fiel até a morte! Cumpriu com tudo aquilo para o que fora enviado.

EM JESUS, com sua morte, TODO O PROJETO DE JEOVÁ DEUS ESTÁ CONSUMADO! Foi vitoriosamente levado a término por Jesus.

No momento do seu último suspiro ocorre um grande terremoto.

Muitos cadáveres são lançados para fora dos túmulos.

As pessoas que estavam no templo vêem a cortina rasgar-se de cima abaixo. A cortina tinha dezoito metros de altura e cerca de seis milímetros de espessura.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – LIVRE ACESSO AO ALTÍSSIMO POR MEIO DE JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR!

Sim. Agora está aberta, por Deus e pelo Seu Cristo, a entrada para o Santíssimo. Está aberto o caminho de reconciliação da humanidade com Deus, por meio de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Rasgam-se todos os véus. Todos, homens e mulheres podem livremente, por meio de Jesus, voltar ao amor do Pai.

Nenhum outro mais se fará entrada para o seio do amor de Deus. Só o Filho! Só Jesus!

Todos estes acontecimentos fazem o oficial do exército dar glória a Deus, reconhecendo e afirmando:

“Certamente este era o Filho de Deus!”

A tarde de sexta-feira já é avançada, o anoitecer aproxima-se rapidamente e o dia de sábado começará ao pôr do sol.

O corpo morto de Jesus está pendurado na estaca. Os dois salteadores ainda estão vivos e suas pernas são quebradas para acelerar a morte deles.

Para confirmar a morte de Jesus, o soldado enfia a lança no lado, por baixo das costelas, até atingir a região do coração de Jesus e imediatamente sai sangue e água (efusão pleural e efusão pericardial).

Sim, Jesus está morto e não há necessidade de nenhum outro procedimento ou de se lhe quebrar qualquer osso.

José, da cidade de Arimatéia, um conceituado membro do Sinédrio e também um homem de posses, acompanhou e assistiu a execução de Jesus.

Ele, ou se recusou a votar, ou votou contra, ou talvez nem tenha participado daquele miserável júri, mas acompanhou de perto o resultado adverso da sentença.

Agora, toma coragem e vai a Pilatos pedir o corpo de Jesus.

Pilatos manda o oficial entregar o corpo de Jesus a José. José tira o corpo, enrola em um linho fino próprio para enterro.

Nicodemos, outro membro do sinédrio, na mesma situação de José, traz muita mirra e aloés para preparar com estes aromas o corpo de Jesus.

Após uma rápida preparação devido ao avançado da hora, colocam o corpo de Jesus no túmulo que pertencia ao próprio José e o lacram.

Uma a uma vão se cumprindo todas as profecias. Não falha nenhuma sequer.

Agora é hora de muita urgência.

A noite está caindo rapidamente.

O sábado já é entrante. E todos devem se recolher.

O dia seguinte será um Grande Sábado (um sábado pascal coincidindo com um sábado semanal), e os sacerdotes vão a Pilatos e pedem uma guarda para o túmulo de Jesus para que os discípulos não roubem seu corpo, pois sabiam sobre a ressurreição de Jesus, mas não acreditavam nela e por isso disseram a                                                                                                                     Pilatos:

“Senhor, nós nos lembramos o que esse impostor dizia quando era vivo: ‘Depois de três dias serei levantado’. Portanto ordena que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia, para que não venham os seus discípulos e furtem seu corpo e venham a dizer ao povo: ‘Ele foi levantado dentre os mortos!’ e esta última mentira artificiosa seja pior do que a primeira.”

E Pilatos responde:

“Vocês têm uma guarda reforçada. Vão fazer o túmulo tão seguro como vocês mesmos o sabem fazer!”

E eles então foram e selaram fortemente a pedra e puseram uma guarda romana cuidando da segurança do sepulcro.

No domingo, manhã bem cedo, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, junto com Salomé, Joana e ainda outras mulheres, levam aromas ao túmulo para tratar apropriadamente da preparação do corpo de Jesus

Era um procedimento judaico para que o corpo fosse preservado por um período mais longo, pois não houvera tempo para um preparo adequado na sexta-feira, uma vez que o sábado já havia chegado.

No caminho as mulheres conversavam entre si procurando saber quem quebraria o lacre reforçado e rolaria a pesada pedra da frente da porta do túmulo.

Elas estavam preocupadas pois sabiam que não teriam forças para remover a pedra.

Além do mais a pedra fora lacrada fortemente pelos oficiais romanos.

Mas ao chegarem ao local, vêem que havia ocorrido um tremor de terra e que o anjo de Deus retirara a pedra da frente do túmulo.

Os guardas não estavam mais lá e o túmulo estava vazio!

Elas ficam assustadas e sem saber o que fazer diante da situação.

As mulheres ficam paradas na frente do sepulcro sem ação, e então surge outro anjo que lhes diz:

“Não tenham medo, pois eu sei que vocês estão procurando por Jesus, que foi pregado numa estaca. Ele não está aqui, pois foi levantado, assim como disse. Venham e vejam o lugar onde Ele estava deitado. E vão rápido dizer aos Seus discípulos que Ele foi levantado dentre os mortos.”

Elas vão e contam aos discípulos. Todos procuram o corpo de Jesus, mas não o encontram e não sabem o que fazer.

E os discípulos de Jesus, pesarosos, voltam para suas casas.

Eles também não sabem o que fazer ou pensar, pois, apesar de crerem na ressurreição, as dúvidas se instalam.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA – JESUS VIVE!

Todos ainda estão em estado de choque e sofrimento com a morte de Jesus.

Porém, Maria Madalena permanece junto ao túmulo em prantos. Dois anjos aparecem e lhe perguntam por que está chorando e a quem ela procura.

Ela, pensando que aquele que falara com ela se tratava de um jardineiro lhe diz:

“Senhor, se o senhor o levou embora, diga-me onde o deitou, e eu o levarei de volta para dentro.”

“Maria!”

E ela imediatamente identifica a maneira familiar de como Jesus a chamava, e vê que é Ele.

“Raboni!”, exclama ela reconhecendo a Jesus. E com imensa alegria ela se agarra a Ele.

Jesus lhe diz:

“Pára de se agarrar a mim. Porque ainda não ascendi para junto do Pai. Mas, vai aos meus irmãos e diga-lhes: ‘Eu ascendo para junto de meu Pai e vosso Pai, e para o meu Deus e vosso Deus.”

Maria vai e relata aos discípulos o que lhe acontecera, mas eles não acreditam nela e nem nos relatos das outras mulheres.

Todavia, a partir de então, em muitas outras ocasiões e em diversos lugares, Ele aparece aos seus discípulos por quarenta dias, fortalecendo-os, orientando-os e animando-os a prosseguirem na fé e na pregação do Reino de Deus, fazendo discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo.

E assim eles foram renovados  e prosseguiram na fé, na esperança e no amor.

Finalmente, Nosso Senhor ascende ao Pai diante dos seus discípulos. O Seu corpo material foi sendo levantado, e foi transformando-se no Seu corpo espiritual até desaparecer definitivamente da visão dos onze apóstolos.

E, como havia prometido, alguns dias depois de Sua ascensão, na Festa de Pentecostes, Ele derrama Espírito Santo sobre cento e vinte fiéis que estavam orando fervorosamente em uma sala de sobrado.

E eles saem determinados, pregando as Boas Novas do Reino de Deus à todas as pessoas que se encontravam em Jerusalém, e que vieram de todas as partes do oriente para comemorar a Festa de Pentecostes. E o faziam em suas próprias línguas nativas conforme o Espírito concedia a cada um.

E desde então as Boas Novas do Reino de Deus, por Jesus Cristo, Nosso Senhor, por meio do Espírito Santo, vêm sendo pregadas em toda a terra habitada até os nossos dias.

E todos os que creem recebem também a sua porção de Espírito e pregam que JESUS VIVE.

Ele foi designado Rei, Juiz e Senhor sobre toda a terra. E Ele julgará os vivos e os mortos, assim como julgará todo o tipo de trabalho realizado debaixo dos céus, e com o Seu perdão curará toda a terra habitada e conduzirá, com justiça e misericórdia, todos os filhos de Deus à eternidade junto ao Pai.

E nestes dias, com segurança e determinação, olhando fixamente para o Aperfeiçoador da nossa fé, caminhemos juntos para lançar mãos das Promessas de Deus para os que O buscam e O ouvem.

Eis que Jesus já está presente e julga os desta geração.

No passado foram castigados, humilhados e reduzidos a pó os deuses do Egito.

Hoje serão humilhados, castigados e reduzidos a pó os deuses hodiernos: a ostentação dos meios de vida, as posições de destaque, os títulos de enaltecimento, as riquezas seculares, os desejos da carne e todo o desvio espiritual gerado por eles.

E ainda os deuses de sempre: o orgulho, a vaidade, a soberba, a inveja, a mentira, a ganância e a retenção pessoal e indevida de riquezas.

Esses deuses têm cegado as mentes das pessoas para que não vejam a grandiosidade do amor de Deus, a imensidão dos Seus propósitos.

O entendimento humano é limitado em apenas três dimensões, mas o Universo de Deus se expande ininterruptamente. E Ele multiplica sem cessar o Seu conhecimento e as Suas obras.

Quantas outras Terras perfeitamente administradas e cuidadas, com a finalidade para que foi criada esta primeira, Ele produzirá?

Serão como as estrelas dos céus, incontáveis?

Quantas outras terras Deus poderá fundar a partir desta?

Sim, pois está cientificamente provado que existe apenas um pequeno começo no processo criativo no universo infinito!

A inteligência do homem, devidamente orientada, regulada e controlada pela consciência, até onde poderá será multiplicada?

Pobre do homem que se perde nas pequenezas desse sistema iníquo e extremamente limitado, mundo de escuridão e densas trevas, ajuntando para si coisas corruptíveis… Retendo tudo, roubando o amor que é devido aos outros… Roubando até mesmo muitas vidas…

É chegada a hora, sim, da execução do julgamento de Deus para esta geração, e devemos estar atentos em não reter nada que possa beneficiar o nosso próximo e que impeça a nossa própria salvação.

Muitas vidas dependem hoje de provisão para a sua própria subsistência diária.

Os filhos de Deus não podem ajuntar e reter para si em detrimento de outros bilhões que estão passando extrema necessidade.

A visão de tudo hoje é limitada, embaçada.

Só os olhos da fé podem apenas imaginar as promessas de Deus para os homens. E elas acontecerão. Certamente acontecerão.

Apesar de repetir-se hoje, como no passado, o provérbio:

“O tempo passa, e as profecias dão em nada.”, da mesma forma como Deus falou no passado, Ele diz hoje:

“Eu vou acabar com esse provérbio. Ele nunca mais será repetido sobre a face da terra. Diga isto:

“O tempo chegou, e o que foi dito está se cumprindo… Não haverá mais demora. O que Eu disse vai acontecer.” Eu, JEOVÁ DEUS, falei. (Ezequiel 12: 21 – 28)

Então, pode-se afirmar:

O Reino de Deus, por Seu Filho, é chegado.

E o que Deus tem guardado para os que creem, assim como está escrito, “nem os olhos viram, nem os ouvidos ouviram e nem a mente humana pode imaginar o que Deus tem reservado para os que creem”.

SIM, O FILHO PRIMOGÊNITO HUMANO DE DEUS VENCEU O PECADO E A MORTE!   O ESCOLHIDO, O UNGIDO DE DEUS!

PAGOU O PREÇO DO RESGATE PELAS NOSSAS VIDAS!

ELE VIVE!

SIGNIFICADO DA PÁSCOA –  A PROMESSA DE DEUS CUMPRIDA EM JESUS, A NOSSA ETERNA PÁSCOA

Portanto, com todo o fervor clamemos em alta voz:

VEM, SENHOR JESUS!

ALELUIA!

POR TODA A ETERNIDADE, ALELUIA!

Com profundo amor fraternal,      

Ilma

JESUS VIVE! ELE REINA! ALELUIA!