MORTE – PARTE 02

A MORTE

“Por causa do que você fez, a terra agora será maldita… Você foi feito da terra e para a terra voltará ”.
(Gênesis 3: 18, 19)


“O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana porque todos pecaram.”
(Romanos 5: 12)


“Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus.” (Romanos 3: 23)

Como vimos no estudo anterior, a ciência biológica atesta que, a vida do homem depende tanto da sua força de vida, o corpo como unidade física organizada (capacidade para o exercício da vida), como do fôlego (respiração), para a sustentação da vida.

Da mesma forma existe uma separação no processo da morte. Ela tem duas classificações:

1) A morte somática ou sistêmica, também chamada de morte clínica, que é quando cessam absolutamente as funções do cérebro, dos órgãos circulatórios e respiratórios (capacidade para o exercício da vida).

O corpo, como unidade organizada, está morto. O homem não tem mais força ou capacidade para exercer as suas necessidades vitais. Não é capaz de manter a respiração, não pode raciocinar, falar, agir, sentir…

O corpo pode ser sustentado por meio de aparelhos que mantém a respiração, porém o homem como pessoa está destituído de força vital, e é totalmente incapaz de subsistir sem o auxílio dos aparelhos. É apenas um corpo inanimado.

2) A morte dos tecidos, também chamada de morte biológica, que é o desaparecimento total das funções vitais dos últimos elementos estruturais do corpo, ou seja, quando as últimas células dos tecidos do corpo morrem. A partir deste momento, o corpo físico começa a entrar rapidamente em decomposição e desaparecerá com o tempo.

O que acontece então quando a pessoa morre?

A que conclusão se pode chegar?

Podemos afirmar que a morte é o contrário da vida.

Quando vivemos estamos em ação. Temos fôlego, e força de vida, (Espírito que Deus nos dá), para realizar coisas: nós podemos raciocinar e meditar, procriar e criar, comer e beber, trabalhar e amar, cantar e falar, ler e escrever, sorrir e chorar, etc.

Quando morremos, não temos mais força, nem poder para realizar mais nada. Não temos mais pensamento, nem conhecimento, nem sabedoria. Todos os nossos sentimentos, amores, ódios e paixões morrem junto conosco. (Gênesis 3: 19 e Eclesiastes 9: 10)

Voltamos ao pó.

Por ser a morte o contrário da vida, a inexistência, a grande maioria das pessoas vivas, pela negação da própria morte, tem a necessidade de realizar grandes cerimônias fúnebres e muitas homenagens para os que morreram.

A morte é tão oposta à vida que a maioria das pessoas quer acreditar e são levadas por ensinamentos falsos a acreditar que os mortos estão em outro plano ou dimensão, assistindo a esta demonstração de consideração, que tem sempre o objetivo de demonstrar amor pelo que morreu.

Porém, de acordo com o que está escrito, a pessoa morta não está cônscia de mais nada.

Todavia, muitas vezes, as pessoas querem mesmo é neutralizar uma consciência pesada, por não terem dedicado ao que morreu o amor, o respeito, a misericórdia, a paciência e os cuidados básicos relacionados ao amor que deveriam ter tido, pois materialmente muito pouco é necessário para a subsistência de uma vida.

Mas na hora do sepultamento, e diante de todos, realizam tudo o que há de melhor para as vistas das outras pessoas, mas o que deixaram de fazer pela pessoa enquanto era viva marca a consciência daqueles que a desenvolveram, e em virtude disso, buscam demonstrar publicamente que cumpriram com os mandamentos elementares de Deus para com os que dormiram na morte.

A Palavra de Deus nos ensina que é melhor estar na casa do luto do que na casa da festa, para termos no coração que um dia também morreremos.

Hoje as cerimônias fúnebres se tornaram um grande evento social, onde as pessoas procuram demonstrar solidariedade, porém, na verdade, têm sido locais de fofocas, de ostentação, de conversas tolas, até mesmo um local para se contar piadas, o que revela uma total falta de respeito para com os enlutados.

Todas as cerimônias fúnebres de grande aparato são um desvio de adoração.

Muitas vezes servem como um meio de exibicionismo de clérigos, de alguns familiares e amigos, e também uma forma de amenizar não apenas a feiura da morte, mas a própria feiura dos vivos.

Muita música e palavras de “consolo”, com o objetivo de comover temporária e superficialmente os presentes.

As cerimônias fúnebres devem ser muito simples, silenciosas e respeitosas, pois é um momento de profunda tristeza e deve ser também de profunda reflexão. Pois a morte é o maior inimigo do homem.

Muitas vezes uma pessoa morre por falta de amor, estando doente ou não, até mesmo como um cão sem dono, mas recebe um sepultamento digno de um rei.

Desta forma apresenta-se na morte uma superioridade à própria vida. Na verdade, demonstra-se na morte uma grandeza inexistente. A Palavra de Deus é muito clara neste sentido: “Enquanto se vive neste mundo, existe alguma esperança; porque é melhor ser um cão vivo do que um leão morto.” (Eclesiastes 9: 4 – 6)

A conotação bíblica aqui para cão é a de um ser desprezível, menor aos olhos humanos; por outro lado,  leão,  significa  superioridade, força, importância.

Ou seja, é melhor ser uma pessoa qualquer, sem nenhuma notoriedade, às vezes até com a saúde debilitada, às vezes faltando um membro, ou um órgão, ou um dos sentidos, mas estar vivo, do que ser um presidente, ou um rei, ou um rico, ou um nobre, morto.

Sim, porque enquanto se está vivo, se tem esperança, e se pode usufruir, ainda que parcialmente da vida.

Um mendigo aleijado que vê passar o cortejo magnífico de um rei, certamente está em uma condição melhor, em todos os sentidos, do que a do rei que já não existe.

Outras vezes, a pessoa morre cercada de amor e cuidados e recebe um sepultamento muito simples. Certamente este segundo caso é também muito superior ao primeiro, do que recebeu pouco amor na vida (talvez tenha dado pouco também), mas recebeu muita ostentação na morte.

Sim, amados, porque nada é pior do que a morte. Ela é o preço do pecado. Então, para se distorcer o significado dela, é necessário torná-la bonita. Daí as grandes homenagens de “despedida”.

Na verdade, os grandes e ostensivos funerais são originários de religiões pagãs, que creem que os mortos estão em uma situação superior e melhor que a dos vivos. São ensinamentos de demônios.

Porque a Palavra de Deus é Soberana! Tudo o que temos capacidade para fazer, devemos fazer enquanto somos vivos e pelos vivos, porque depois de mortos não há mais nenhuma participação do que se passa debaixo do sol.

Em muito pouco tempo, a pessoa que morreu será apenas pó.

E quanto ao espírito?

Como vimos, o nosso espírito é a força de vida de Deus e que Ele nos dá e que nos mantém em atividade consciente.

Quando morremos, esta força de vida que reside dentro de nós, termina quando expiramos pela última vez. Quando paramos de respirar.

A nossa força vital acabou, o nosso corpo físico rapidamente entrará em decomposição e desaparecerá.

E o nosso espírito, também acabou?

Nada mais resta?

Ou o nosso espírito vive, fica vagando, ou vai para algum lugar determinado?

O nosso espírito volta para Deus que o deu.

Ele é o detentor da vida.

O Espírito de Deus é a força ativa que move e sustenta tudo.

Nunca se acaba, pertence a Ele.

Ele O dá a todos os seres viventes e por meio deste mesmo Espírito Ele mantém a vida.

Quando morremos o nosso espírito retorna para Deus no sentido de que somente Ele tem a força de vida.

Somente Ele tem poder para dar novamente a vida. De fazer viver. De restituir a vida.

Contudo, o uso que fizermos desta força de vida dada por Ele e que para Ele retorna, fica gravada em Sua memória.

Fica guardado para o dia do julgamento da humanidade.

Todas as nossas experiências estão armazenadas na memória de Deus. A nossa verdadeira pessoa, a nossa personalidade, as nossas motivações, o nosso coração figurativo.

Por conhecermos o que acontece na morte, entendemos o porquê de Deus condenar a prática do espiritismo, da consulta aos mortos, das ciências ocultas, ou de toda e qualquer prática de ocultismo; e também das adivinhações, da astrologia, da quiromancia, da tarologia, das feitiçarias, das “simpatias”, das crendices, das histórias dos “mais velhos”, dos sonhos premonitórios, e outras práticas semelhantes a estas.

Está escrito:

“Algumas pessoas vão aconselhar vocês a consultarem os adivinhos e os médiuns espíritas, que cochicham e falam baixinho. Essas pessoas lhes dirão: “Precisamos receber mensagens dos espíritos, precisamos consultar os mortos em favor dos vivos!” Mas vocês devem lhes responder assim: “O que devemos fazer é consultar os ensinamentos de Deus. O que os médiuns dizem não tem nenhum valor!
(Isaías 8: 19 – 20; Levítico 19: 31; Levítico 20: 6 e 27; Deuteronômio 18: 10 – 12; Eclesiastes 12: 14; Atos 16: 16 – 18; Apocalipse 21: 15)

Como pode alguém, em sã consciência, consultar mortos, em favor, ajuda ou benefício de vivos?

Todos os profetas que falaram da parte de Deus o fizeram à luz do dia. Jesus nos ensinou que devemos pregar abertamente, e deixar que nossas vidas sejam como luz para o mundo para que todos possam glorificar a Deus pelo exemplo de vida e de fé que damos. (Mateus 5: 14 – 16).

Todas as coisas que Jesus falou e ensinou em particular aos seus apóstolos, durante as caminhadas, nos lugares em que se hospedavam, enfim, em todos os lugares aonde iam juntos, Ele ordenou que fossem pregadas claramente a todas as pessoas, pois Jesus sabia que seu tempo de vida seria curto. Eles não iriam esquecer as Suas Palavras, pois o Espírito Santo os faria relembrar claramente o que lhes havia sido ensinado por Ele. (João 14: 26)

No passado, Deus mostrou o significado de sonhos a alguns de Seus profetas. Mas todos estes profetas mostraram que as interpretações vinham de Deus, não de poder pessoal extraordinário, ou de mera adivinhação, ou de algum significado próprio, particular. (Gênesis 40: 5-8; Gênesis 41: 15 – 16; Daniel 2: 17 -30)

Os sonhos são de caráter individual. Podem refletir avisos, preocupações, alertas. Porém, a Palavra de Deus traz Profecias Divinas. (Jeremias 23: 23 – 32)
O profeta Joel mais adiante, falou profetizando para hoje, que “nos últimos dias” Deus derramaria o Seu Espírito Santo sobre homens e mulheres, jovens e velhos, servos e servas; e que eles teriam visões e sonhos.

Não sonhos premonitórios, nem visões escabrosas, ou revelações pessoais sobre a vida de outras pessoas, de umas para as outras, o que na verdade significa adivinhação. Mas todas estas coisas, sonhos e visões são de caráter pessoal, e estariam relacionadas à própria pessoa e à urgência de se posicionar diante de Deus e à pregação das Boas Novas do Reino de Deus em toda a terra habitada e à necessidade de constante vigilância.

Na verdade, os sonhos e as visões têm sido dados por Deus para fortalecer e alertar as pessoas para que a mensagem de Deus seja anunciada mundialmente, antes do entrante “grande e glorioso dia de Jeová Deus”, o Todo Poderoso, por meio da volta do Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, como Seu Rei Entronizado.

Os sonhos e as visões dos nossos dias estão relacionados com a necessária e vital campanha de anunciar que já chegou o Dia de Deus julgar toda a terra habitada.

Que devemos estar vigilantes, que devemos confiar e ficar em estado de alerta máximo. “E todos os que pedirem a ajuda de Deus, por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo, serão salvos.” (Atos 2: 14 – 21; Apocalipse 14: 6,7)

Deus sempre falou por meio de seus profetas. Por meio de homens reais, de carne e osso. Palavras literais proferidas e escritas. Pessoas foram movidas por Espírito Santo para falarem e registrarem a vontade de Deus. Ele jamais mandou que qualquer um de seus profetas buscasse orientação de pessoas falecidas, ou até mesmo de profetas anteriores falecidos.

Ele enviou o Seu próprio Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, como homem, em carne e osso, para nos ensinar, e por meio de Seu Espírito Santo moveu os discípulos para que registrassem por escrito as Palavras de Jesus. Deus não utilizou uma voz do aquém e do além, mostrando claramente que não devemos abrir o nosso coração para consultar os mortos ou entidades espirituais.

Quando Deus quer falar com seus servos Ele envia o Seu Espírito Santo que se une com o nosso espírito para afirmar que somos filhos de Deus, e o Seu Espírito nos dá o conhecimento de Deus para discernirmos claramente a Sua vontade.

A Sua Palavra nos dá luz sobre todas as coisas espirituais e orientação correta e precisa de como conduzir nossa vida. (Romanos 8: 12 – 17)

Não precisamos de outras consultas ou adivinhações.

Está escrito:

“Deus, na Sua misericórdia, nos deu essa tarefa, (de ensinar e pregar qual é a Sua vontade) e é por isso que nunca ficamos desanimados. Nós rejeitamos tudo o que é feito escondido e tudo o que é vergonhoso. Não agimos de má fé, nem falsificamos a mensagem de Deus.”

“Pelo contrário, agimos abertamente, de acordo com a Verdade, e assim as pessoas têm uma boa impressão de nós, que vivemos na presença de Deus. Porque se o Evangelho que pregamos está escondido, está escondido apenas para os que estão se perdendo. Eles não podem crer, pois o deus deste mundo tem conservado as mentes deles na escuridão.” (2 Coríntios 4: 1 – 6)

Satanás tem cegado as mentes dos incrédulos e endurecido os seus corações para que não vejam as maravilhosas promessas de Deus e não entendam os Seus propósitos de amor.

Sim, a nossa missão é mostrar a Verdade. O que está eternamente escrito na Palavra de Deus.

Por isto as perguntas abaixo são cabíveis:

Com quem, então, falam os médiuns espíritas? Os médiuns espíritas abrem sua mente, seu corpo, e seu espírito dado por Deus para falar com quem? A ajuda de quem, procuram aqueles que apelam para as adivinhações e previsões do futuro? Nós não lemos diretamente na Palavra de Deus que quando a pessoa morre o seu espírito, a sua força de vida, volta para Deus? Que ela não tem mais participação nenhuma em nada mais do que se passa debaixo do sol?

Portanto, amados, certamente estas pessoas estão lidando com espíritos iníquos. Com demônios.

Como já estudamos anteriormente, estes espíritos se rebelaram e abandonaram a Deus, tornando-se seguidores de Satanás, o Diabo, e eles operam ininterruptamente na terra.

Eles têm conhecimento de tudo o que se passa à nossa volta, pois tentam desencaminhar a todos. Observam as pessoas, e, de todas as formas, procuram afastá-las da adoração pura e verdadeira de Deus.

Para enganar as pessoas até mesmo se fazem passar por anjos de luz e até parecem ser ministros de Deus. Podem falar de coisas e até particularidades sobre pessoas que já morreram porque literalmente as conheceram.
(2 Coríntios 11: 14 e 15)

Tendo este conhecimento, podemos afirmar, que qualquer prática espírita e de adivinhação, seja qual for a denominação que a ela se dê, de linha branca ou linha negra, todas elas são na verdade um grave desvio da adoração que devemos apenas a Deus.

Por buscarmos este tipo de adoração ou de conhecimento (adivinhação) pessoal do futuro, estamos contaminando o nosso espírito, a nossa força de vida, dado por Deus.

No passado, após o apóstolo Paulo ensinar as pessoas na cidade de Éfeso as Verdades da Palavra de Deus sobre o espiritismo e as feitiçarias, eles tomaram todos os seus livros e os queimaram em praça pública diante de todos.

Eram livros de grande valor financeiro, e de grande desvio da adoração pura e verdadeira da Palavra de Deus.

Da mesma forma devemos agir.

Não devemos contaminar a nossa mente e o nosso coração com escritos, filmes, reportagens, contatos, ou outras práticas espirituais impuras. (Atos 19: 19 e Gálatas 5: 20) (Tradução do Novo Mundo).

Portanto, tudo o que fizermos da nossa vida, com o Espírito que Deus nos deu, prestaremos contas a Ele.

Quer tenhamos usado a nossa força de vida para operar o bem ou para operar o mal, nada está em segredo perante Ele.

E a Sua Palavra está completamente aberta para todos. E as Suas leis gravadas no nosso coração. Portanto, não há desculpas. Somos conscientemente responsáveis por tudo o que fizermos. (Eclesiastes 12: 7, 13, 14).

Quando a pessoa morre, tudo o que praticou na vida está guardado na memória de Deus.

A pessoa que fomos, a personalidade que desenvolvemos, está tudo arquivado no “banco de dados” de Deus.

E com que finalidade?

“Oh, profundidade do amor de Deus! Quem o pode conhecer?

Tu és a Fonte de toda a Sabedoria! Quem será semelhante a Ti?

Louvar-Te-ei todos os dias da minha vida, por toda a eternidade!”

Amém!